“El Chapo”: uma crônica política sobre corrupção e ódio na Netflix

Seriado reconta a trajetória de um dos mais polêmicos narcotraficantes do mundo

Luiz Prisco
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Até descobrir a surpreendente história do traficante que escapou de moto do presídio, nunca tinha ouvido falar de Joaquín “El Chapo” Guzmán. Assim como milhões de pessoas, fiquei curioso em relação a esse criminoso. Um ano depois, via Netflix, aprendi muito sobre ele em um ótimo seriado: “El Chapo”.

As comparações entre “El Chapo” e “Narcos” — outra produção do serviço de streaming — ficam apenas na temática: o narcotráfico latino. A trajetória de Joaquín Guzmán difere completamente do caminho de Pablo Escobar.

El Chapo, como é possível notar nos nove episódios, é o resultado do ódio. Ainda adolescente, ele tinha raiva do pai, um grosseiro plantador de papoula. Já traficante, não suportava a ideia de ser apenas mais um, desejava tornar-se patrão.

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Série aborda a corrupção na política mexicana
Drogas, dinheiro e poder: trajetória de Chapo
El Chapo: um homem movido pelo ódio
"El Chapo" guarda semelhanças com "Narcos"

Chapo cresce no mundo do crime, atropela como um trator aqueles que planejam ficar na sua frente. Movido por vingança, ele mata, rouba e pretende se tornar o mais rico: compra hotéis, imóveis e mulheres.

Essa é a linha narrativa da primeira temporada de “El Chapo”: apresentar o passado de Joaquín, sua ascensão e prisão. Em meio a isso tudo, um panorama dos grandes criminosos mexicanos embasa o projeto.

Política
“Se você nos fode, a gente te fode 20 vezes mais”, assim um assessor do presidente da República mexicano ameaça Chapo.

No seriado, a associação entre Estado e o tráfico de drogas é exibida explicitamente. Criminosos financiam os governantes, que controlam os “negócios” com apoio do Exército.

“El Chapo” tem segunda temporada prevista para 2018.

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