Aprenda a fazer exercícios para fortalecer músculos da pelve e períneo

Este grupo de músculos sustenta órgãos como a bexiga, útero e porção final do reto

Sabrina Mundim
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Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente 5% da população brasileira sofre com problemas de incontinência urinária e mais de 30% de alguma disfunção sexual. Grande parte desse problema está relacionado ao períneo, também conhecido como assoalho pélvico.

Este grupo de músculos sustenta órgãos como a bexiga, útero e porção final do reto. E também auxilia na continência urinária e fecal, além de ser muito importante para satisfação sexual. Por fim, desempenha um papel importante no controle da postura, equilíbrio e respiração.

Segundo a fisioterapeuta Alessandra Sônego, da clínica Athali Fisioterapia Pélvica Funcional, o mau funcionamento desses músculos pode causar constipação, disfunções sexuais, dores na região pélvica e dificultar o parto normal.

“Precisamos nos conscientizar que a saúde vem com a prevenção. Quando esses músculos sofrem algum tipo de alteração, podem causar sintomas desagradáveis e até mesmo dores, dificultando as atividades do cotidiano de qualquer pessoa,” explica.

Para fortalecer a região e reduzir as chances de perda involuntária de urina e fezes, Alessandra ensina uma série de exercícios da fisioterapia funcional, que podem ser realizados em casa, para a reabilitação do assoalho pélvico, dos órgãos e ossos relacionados, além de prevenir outras disfunções.

  • Sentada, coloque as mãos em baixo do bumbum e sinta os dois ossinhos que ficam de apoio. Alterne, desloque o peso do bumbum à direita, à esquerda, para frente e para trás (aproximadamente por 2 min).
  • Ainda sentada, para conseguir aumentar a sensação de contato com a vagina e sentir os músculos, flexione o tronco e coloque os cotovelos sobre a coxa. Esta posição promoverá relaxamento dos músculos da vagina e ânus, que facilitam e auxiliam a função de urinar e evacuar.
  • Deitada, de barriga para cima, realize inspiração e expiração lenta e profunda. Na inspiração insufle os pulmões e na expiração dê tempo para todo o ar sair. (10 repetições).
  • Deitada, de barriga para cima, eleve os braços e mãos para cima, e inspire. Expire, levando os braços até a lateral da coxa. (10 repetições).
  • Repita os mesmos exercícios acima e sinta como se comportam a vagina e o ânus. Observe se é capaz de contraí­-los juntos.

Esses dados refletem os hábitos da vida moderna ou simplesmente o fator cronológico. Esses e diversos outros casos também podem ocasionar alterações na região, seja pela anatomia do corpo, mudança de postura, perda de massa muscular, doenças crônicas, pós-operatório, entre outros fatores.

Se você sofre algum desses desconfortos procure ajuda de um profissional.

 

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