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Regina Duarte ir para o governo Bolsonaro não é crime moral

Não aceitar esse fato é assinar um manifesto a favor das ditaduras. O governo atual é democrático e legal

atualizado

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PR
Regina Duarte e Bolsonaro
1 de 1 Regina Duarte e Bolsonaro - Foto: PR

Nunca será demais insistir nesse caso da ida da atriz Regina Duarte para a Secretaria Especial da Cultura (ou coisa que o valha) num ponto chave: a “classe artística” que tanto se revoltou contra a decisão de Regina, ou a parte desse mundo que mais aparece aos olhos da mídia, está negando a ela, pura e simplesmente, um direito constitucional.

Como qualquer cidadã brasileira maior de idade, alfabetizada e portadora de outras condições legais para entrar no serviço público, a atriz tem o pleno direito de aceitar ou não uma função no governo.

Sustentar que ela não pode fazer isso – ou que é uma traidora, fascista, bandida, etc. ao fazer – é defender a ideia de que os cidadãos brasileiros estão proibidos de entrar para o ministério do governo Jair Bolsonaro. Se entrarem, estarão cometendo um crime moral.

É difícil encontrar uma posição tão antidemocrática quanto essa. O governo Bolsonaro é legal – aliás, é o único governo legal que existe no Brasil. Não foi imposto por um golpe militar. Foi eleito pela maioria absoluta dos eleitores brasileiros, em eleições livres e limpas.

Todo mundo, obviamente, tem o direito de ser 100% contra esse governo e tudo o que ele faz. Mas o direito de ser a favor é exatamente igual. Não aceitar esse fato é assinar um manifesto a favor das ditaduras.

* Este texto representa as opiniões e ideias do autor.

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