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Queda constante no desemprego é desespero para oposição

O Caged de outubro registrou aumento de 70 mil vagas no país. Há quem precise de desemprego para sobrevivência política

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
1 de 1 Rafaela Felicciano/Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Tornou-se um momento de angústia, para muita gente, a chegada da última semana do mês, quando o Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados (Caged) revela os números do emprego no Brasil durante o mês anterior.

Ultimamente, por razões que as mesas redondas de economistas ainda não conseguiram esclarecer em seus debates de janeiro para cá, esses números têm sido uma decepção cada vez mais irritante para todos os que precisam, para a sua sobrevivência política, que o desemprego aumente.

Ninguém mais sonha, aí, com os recordes deixados por Dilma Rousseff ao ser deposta da Presidência pelo impeachment – mas pelo menos há esperança, a cada mês, de que o número de empregos pare de crescer. Não tem rolado. O que acontece, na verdade, é o exato contrário.

Acabam de ser divulgadas, agora, as cifras do mês de outubro, o último a ser medido pelo Cadastro. Mais um complicador para a Teoria Geral da Crise que “está destruindo os sonhos dos brasileiros”: foram criados, no mês, mais de 70.000 novos empregos, o melhor número para outubro dos últimos dois anos.

Ao todo, nos últimos dez meses, já foram criados quase 850.000 novos postos e trabalho com carteira assinada – e não está se vendo, no horizonte imediato, nenhum fato que indique uma inversão dessa tendência. Então: se o desemprego era o problema mais perigoso que o novo governo tinha de enfrentar em 2019, a conclusão mais simples é que o perigo está diminuindo, em vez de aumentar.

Começa a torcida, agora, para que tenha havido um novembro negro, a ser revelado daqui a um mês. Vamos ver.

* Este texto representa as opiniões e ideias do autor.

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