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“Sempre houve tortura”: Justiça arquiva processo contra Regina Duarte

A ex-secretária de Cultura deu entrevista na qual minimizou atos de tortura cometidos durante a ditadura militar

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
Regina Duarte e Bolsonaro
1 de 1 Regina Duarte e Bolsonaro - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A Justiça Federal do Rio de Janeiro arquivou, nesta terça-feira (20/7), ação contra a ex-secretária de Cultura do governo Regina Duarte por fala sobre a ditadura militar. A ex-atriz foi alvo de ação movida pela filha de uma vítima do regime de exceção que pedia reparação de R$ 70 mil por danos morais pela “minimização” da tortura.

“Sempre houve tortura, não quero arrastar um cemitério. Mas a humanidade não para de morrer, se você falar de vida, de um lado tem morte. Por que olhar para trás? Não vive quem fica arrastando cordéis de caixões, acho que tem uma morbidez neste momento”, disse Regina em entrevista à rede de TV CNN.

Em sua justificativa, a juíza Maria Amélia Almeida Senos de Carvalho, da 23ª Vara Federal do Rio de Janeiro, disse que Regina não poderia responder a ação como pessoa física. A União, porém, continua como ré no processo e tem 15 se manifestar.

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Ação

A atriz Regina Duarte foi processada no fim de junho por apologia à ditadura pela jornalista Lygia Jobim, filha do ex-embaixador José Jobim, morto durante o regime militar.

A motivação foi uma entrevista que a atriz concedeu à CNN Brasil enquanto secretária de Cultura, no dia 7 maio. Na ocasião, ela comparou a pandemia do novo coronavírus ao período militar, minimizando o regime.

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O documento tem 25 páginas e destaca a fala da ex-secretária de Cultura. No processo, a autora lembra outros trechos da mesma declaração da atriz.

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