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Secretário afirma que inundação no Hospital do Gama foi sabotagem

Osnei Okumoto disse que marcas de martelo foram encontradas por vistoria nas telhas quebradas da unidade

atualizado

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JP Rodrigues/ Especial para o Metrópoles
Osnei Okumoto
1 de 1 Osnei Okumoto - Foto: JP Rodrigues/ Especial para o Metrópoles

O secretário de Saúde, Osnei Okumoto, afirmou nesta quarta-feira (11/12/2019) que o recente alagamento ocorrido no Hospital Regional do Gama (HRG) teria sido causado por sabotagem.

Durante encontro com jornalistas realizado na sede da secretaria, localizada no fim da Asa Norte, o número 1 da pasta disse que chegou a precisar “esconder e trancar” as escadas  para conter o excesso de vandalismo registrado em unidades hospitalares.

“Percebemos que tem gente subindo nos telhados para quebrar as telhas de propósito. Tive conhecimento desse fato no Gama e no Hospital da Região Leste [Paranoá], porque eu estive lá. Estamos fazendo a manutenção predial e [operários] subiram para verificar o telhado. Foi então que viram marcas de martelo nas telhas quebradas”, revelou Okumoto.

Ainda segundo o secretário, a primeira providência foi esconder todas as escadas e trancá-las. “No caso do Hospital da Região Leste, [criminosos] subiram na sala de gesso e tiraram a telha de lá, para deixá-la sem proteção. Não foi destelhamento, porque apenas colocaram a telha em outro local.”

Okumoto se referia à recente inundação na unidade hospitalar que acabou ganhando repercussão nacional. As fortes chuvas de um sábado (23/11/2019) fizeram com que o teto da unidade cedesse. A água entrou pelos corredores do centro cirúrgico, inundando o local.

Não havia pacientes sendo operados no momento. Na oportunidade, a pasta informou que as calhas do hospital não suportaram a quantidade de água. O caso resultou em exonerações.

Após a publicação da reportagem, a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde reafirmou as tentativas de sabotagem na rede, mas esclareceu que no caso específico do Hospital do Gama, embora registros de danos propositais na unidade sejam recorrentes, o principal motivo do alagamento na unidade teria sido a falta de estrutura das calhas antigas instaladas no local.

Decreto emergencial

Durante o encontro, o secretário também disse ter solicitado ao governador Ibaneis Rocha (MDB) que não prorrogasse o decreto que estabelece estado de emergência na saúde pública do Distrito Federal.

A medida permite, por exemplo, que o GDF possa adquirir medicamentos, próteses, insumos e equipamentos sem licitação, além de autorizar horas extras, prorrogar contratos temporários e convocar servidores de outras áreas para reforçar o quadro da saúde.

O estado de emergência foi determinado pela administração de Rodrigo Rollemberg (PSB), poucas semanas após assumir o GDF, em 2015. Ele recorreu à medida até o fim do seu mandato. Ao assumir o Palácio do Buriti, Ibaneis manteve a determinação. “A gente não quer mais solicitar nenhum tipo de extensão do decreto. Não há motivos para prorrogá-lo”, disse o secretário.

No início deste ano, Ibaneis decidiu estabelecer a situação emergencial após o Metrópoles revelar um relatório que apontou caos em 12 hospitais públicos e em seis unidades de pronto atendimento (UPAs).

Recheado de fotos e descrições sobre as condições prediais, materiais, de manutenção, além do quadro deficitário de profissionais, o documento que embasou a decisão de Ibaneis aponta problemas que reduzem a capacidade e a qualidade de atendimento.

Samu animal

Okumoto também descartou a possibilidade de instituir o chamado Serviço de Atendimento Móvel de Urgência Veterinário (SamuVet).  A medida foi provada em primeiro turno pela Câmara Legislativa (CLDF) e tem a autoria do deputado Roosevelt Vilela (PSB).

O texto estabelece que o serviço deverá funcionar 24 horas, para atendimento de animais atropelados em vias públicas, em situações de risco ou que tenham sofrido maus-tratos.

Segundo o secretário, contudo, a proposta esbarra na inconstitucionalidade, já que o texto prevê aumento de despesas para o Executivo local. “Daremos prioridade aos nossos pacientes primeiro”, desconversou.

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