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Reunião de opositores a Rollemberg escancara as diferenças entre eles

PSD, PPS, PDT, PCdoB, PR, Pros, PPL e PSDB ensaiam união para as eleições, mas não conseguem disfarçar a falta de afinidade

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
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1 de 1 reuniao-psd1 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Oito partidos no Distrito Federal ensaiaram, na tarde desta terça-feira (30/1), mais uma tentativa de união em torno de um mesmo objetivo: derrotar Rodrigo Rollemberg (PSB) em outubro, nas urnas. PSD, PPS, PDT, PCdoB, PR, Pros, PPL e PSDB juntaram representantes locais para traçar estratégias. O encontro ocorreu no auditório da sede da regional do PSD, do deputado federal Rogério Rosso e do vice-governador Renato Santana. Apesar de “dividir” o governo com Rollemberg, Santana e o chefe do Executivo não se suportam. E, já faz algum tempo, o rompimento é público.

A turma tem tantos candidatos ao governo quanto partidos dispostos a fazer a aliança para derrubar o atual chefe do Buriti. Como o trono é um só, as lideranças chegaram à conclusão de que está na hora de parar de brigar pelo cargo e unificar o discurso. Isso, claro, publicamente. Porque, nos bastidores, cada um é candidato de si próprio. Mas, em um ponto, todos concordam. Se não convergirem esforços, não terão competitividade, porque a força de quem tem a máquina é grande, mesmo no caso de Rollemberg, cuja popularidade anda baixíssima.

Na teoria, o combinado é não falar em candidaturas, abrir mão de vaidades e focar a formulação de projetos para a cidade. Foi esse o tom que queriam dar ao evento desta terça. Na prática, acabaram surgindo os cacoetes naturais de uma turma que até quer se entender, mas ainda não chegou lá.

Dispostas como se estivessem em reunião de condomínio, as lideranças partidárias cumpriram o rito da aproximação. Falaram na importância de ter um grupo coeso para disputar o governo, atacaram a atual administração e repetiram a necessidade do desprendimento pessoal em nome do objetivo de grupo.

Arestas sem aparos
Mas nem todas as diferenças foram disfarçadas. Ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Valmir Campelo (PPS) deu a entender que a nova formação deveria ter nomes que não desabonassem a chapa para a disputa, numa alusão à possível participação do ex-governador José Roberto Arruda (PR).

No entanto, o distrital Raimundo Ribeiro (PPS), filiado ao mesmo partido de Campelo, tomou as dores e reagiu, dizendo que, nesta altura do campeonato, não havia espaço para “preconceitos”.

Campelo reagiu energicamente e disse que ninguém foi mal interpretado: “O que eu disse foi que precisamos fazer política com grandeza. Brasília merece respeito”, rebateu.

Ausências sentidas
Em alto e bom som, amplificado pelo microfone, o presidente do PR, Alexandre Bispo, estranhou ausências, como a do presidente do DEM, deputado federal Alberto Fraga. “Sinto falta de lideranças importantes”, notou Bispo. Rosso contemporizou: “Neste primeiro momento, separamos um grupo de temperamento mais ameno”.

É possível que estivessem se referindo a Alberto Fraga. E, se for isso mesmo, acertaram na avaliação. Ao comentar o encontro desta tarde, o deputado disse: “parece mais uma reunião das madalenas arrependidas”, referindo-se ao fato de boa parte do grupo ser formado por ex-aliados de Rollemberg.

Três importantes nomes no contexto do projeto de oposição a Rollemberg também faltaram à reunião. O senador Cristovam Buarque (PPS) está em Israel. Jofran Frejat (PR) mandou um recado: disse que estava em compromisso inadiável. No entanto, o ex-secretário de Saúde não se sentiu confortável em ir sem a presença de Alírio Neto (presidente do PTB-DF) e Tadeu Filippelli (presidente do PMDB-DF), os quais não foram convidados. “Todos serão convidados, sem vetos”, ressalva Rosso.

Quem matou a pau o tom da reunião foi o presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle (PDT). “As nossas diferenças, todo mundo já conhece. O desafio agora é mostrar a convergência”, resumiu.

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