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Por “atos condenáveis”, distrital pedirá impeachment de Bolsonaro

Leandro Grass vai protocolar o pedido nesta terça, na Câmara dos Deputados. Ele alega que o presidente cometeu crimes de responsabilidade

atualizado

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Carlos Gandra / CLDF
Deputado distrital Leandro Grass (Rede)
1 de 1 Deputado distrital Leandro Grass (Rede) - Foto: Carlos Gandra / CLDF

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (Democratas), vai receber, nesta terça-feira (17/03), dois pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Além do documento a ser protocolado pelo deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP), o distrital  Leandro Grass (Rede) também apresentará o pleito, às 9h, na Secretaria-Geral da Mesa.

Segundo o parlamentar do DF, o presidente praticou “atos condenáveis” durante sua gestão desde o dia 1º de janeiro de 2019. Grass vai embasar seu pedido nas alegações de Bolsonaro de que teria havido fraude nas eleições de 2018.

Além disso, o distrital condena o apoio do presidente às manifestações do dia 15 de março, que tinha como alvo os poderes Legislativo e Judiciário, mesmo havendo recomendações de órgãos de saúde para que não houvesse aglomerações por conta do coronavírus. Ainda estará no pedido “declarações indecorosas contra uma jornalista; determinação de comemoração do Golpe Militar de 1964, um indicativo gravíssimo de ameaça à democracia; entre outros”, diz nota do parlamentar.

“Desde que sentou na cadeira da Presidência da República, em janeiro de 2019, Bolsonaro vem praticando uma série de atos incompatíveis com o decoro que o cargo que ele ocupa exige. O país hoje está em crise econômica, estamos passando por uma crise mundial de saúde e ele ignorando os protocolos e colocando a população em risco. O Brasil não tem condições de superar essas crises com Jair Bolsonaro na Presidência”, considera Leandro Grass.

Ainda no documento, Grass questiona a postura do chefe do Executivo nacional acerca da postura diante da crise de contaminação pela Covid-19. “Mesmo tendo estado com diversas pessoas que estão com o coronavírus, o presidente, que deveria estar isolado, cumprindo a quarentena de quem esteve em contato com pacientes já diagnosticados, sai de sua residência, lançando mão de recursos públicos, pois usou carro oficial, sendo protegido por seguranças, para, de forma absolutamente negligente e criminosa, comparecer à manifestação”, alega no documento de pedido de impeachment.

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