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MP quer explicações da Semob sobre precariedade de paradas de ônibus no DF

Procurador também cobra andamento do grupo de trabalho criado pela Secretaria de Transportes para fazer levantamento dos abrigos nas cidades

atualizado

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Foto: Myke Sena/ Especial para o Metrópoles
Insegurança nas paradas de onibus geram medo na população - Samambaia
1 de 1 Insegurança nas paradas de onibus geram medo na população - Samambaia - Foto: Foto: Myke Sena/ Especial para o Metrópoles

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) solicitou que a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) explique, em 10 dias, o andamento do grupo de trabalho criado pela pasta para levantar a situação de todas as paradas de ônibus do Distrito Federal. O documento é assinado pelo procurador José Eduardo Sabo Paes, da Procuradoria dos Direitos do Cidadão.

No mesmo documento, o representante do MP também pede explicações sobre a denúncia feita por um brasiliense sobre as más condições de dois pontos localizados em Ceilândia. “As paradas localizadas na EQNP 34/30 e na EQNP 22/26 estão, aparentemente, em más condições estruturais, colocando em risco a integridade física das pessoas. Visivelmente com as instalações deterioradas, telhado e bancos quebrados e paredes rachadas”, relatou o cidadão.

Sem infraestrutura adequada, as estruturas em situação precária penalizam ainda mais quem depende do transporte público no Distrito Federal. As dificuldades vividas pelos passageiros constam em estudo recente do Instituto de Fiscalização e Controle (IFC), feito em parceria com o MPDFT: o Como anda meu ônibus tem por objetivo avaliar a qualidade dos serviços prestados.

Em junho, após acordo com o Ministério Público, a Secretaria de Transporte autorizou a criação do grupo de trabalho interno para registrar a quantidade e como estão as condições dos abrigos de transporte em todo o DF. Contudo, devido à pandemia do novo coronavírus, os procedimentos atrasaram mais do que o previsto. Embora com um orçamento robusto, pouco foi destinado para a recuperação das paradas.

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Abandono

No início do ano, o Metrópoles percorreu várias regiões administrativas com o objetivo de relatar a situação dos passageiros que enfrentam dificuldades na espera do serviço de transporte público local, principalmente nos períodos chuvosos.

Na QN 207, em Samambaia Norte, a construção do ponto foi feita em local inapropriado — no meio de um estacionamento e sem recuo. Em Santa Maria, nos dois lados da via em frente à QR 103, as reclamações são parecidas.

Na Samdu Norte, em Taguatinga, na altura da QNB 12, a parada de ônibus é movimentada. Próximo a escolas e restaurantes, o ponto fica lotado – várias passageiros amontoam-se no espaço pequeno. O fluxo é tão grande, que até no meio da rua há pessoas à espera da condução.

O que diz a Secretaria de Transporte

Procurada pela coluna, a Secretaria de Transporte e Mobilidade informou que “a manifestação registrada na Ouvidoria do MPDFT solicita a substituição de três abrigos na região de Ceilândia. Cabe destacar que dois abrigos serão implantados até o fim de outubro (EQNP 18/14 e EQNP 22/26). O abrigo da EQNP 34/30 deverá ser implantado até dezembro”.

Ainda de acordo com a pasta, “em relação ao inventário dos abrigos do DF, a Semob esclarece que já foi finalizado levantamento em quatro regiões administrativas. Além disso, a recomposição do grupo de trabalho e a definição do novo cronograma estão sendo realizados, visando à continuidade do inventário proposto”.

 

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