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Líderes evangélicos pedem a Ibaneis reabertura de igrejas no DF

Grupo de pastores enviou ofício ao governador. Contudo, GDF diz que precisa de mais tempo antes de autorizar retomada das atividades

atualizado

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Um manifesto assinado por seis representantes de diferentes igrejas evangélicas foi entregue ao governador Ibaneis Rocha (MDB) nesta quarta-feira (29/04) e pede a reabertura dos templos a partir de sábado (02/05).

O documento foi entregue cinco dias após uma proposta com critérios e regras para a reabertura de templos e unidades religiosas ser levada ao titular do Palácio do Buriti. Naquela data, o GDF havia publicado decreto para liberar cultos, missas e rituais de qualquer credo ou religião nos estacionamentos das igrejas, com os fiéis permanecendo dentro de seus veículos, com distância mínima de dois metros entre cada automóvel.

A sugestão enviada na semana passada estabelece que os templos retomem as atividades apenas com 30% da capacidade de público. De acordo com o presidente do Conselho de Pastores Evangélicos (Copev-DF), Josimar Francisco, a iniciativa é uma das ações criadas pelo segmento religioso como forma de manter o apoio à população que busca nas igrejas o suporte espiritual e emocional.

A Copev, contudo, não é signatária do documento protocolado no Palácio do Buriti nesta quarta. O ofício foi levado horas antes de o governador Ibaneis Rocha (MDB) decidir que a reabertura do comércio no Distrito Federal não ocorrerá antes do dia 11 de maio. A previsão anterior era a de que lojas e outras atividades voltassem, com restrições, a partir do domingo (03/05).

Por meio de nota, o GDF disse que, “em reunião do governador com Secretaria da Saúde, da Mobilidade e a Codeplan [Companhia de Planejamento do DF], concluiu-se que se precisa de um pouco mais de tempo para o retorno das atividades tanto do comércio, como das igrejas”.

Prece no drive-in

Na última sexta-feira (24/04), Ibaneis assinou decreto que libera cultos, missas e rituais de qualquer credo ou religião nos estacionamentos das igrejas e de templos do DF. Entretanto, os fiéis devem permanecer dentro de seus veículos, com distância mínima de dois metros entre cada automóvel.

De acordo com integrantes do Palácio do Buriti, a medida foi criada apenas para resguardar os templos que já estavam praticando a modalidade. Contudo, uma nova rodada de negociações têm sido mantidas com representantes de igrejas a fim de construir uma nova proposta para atender cada um, a partir da peculiaridade de cada religião.

A Igreja Sara Nossa Terra, por exemplo, realizou um culto no Cine Drive-In na noite do último sábado (25/04) com a presença do ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, e do vice-presidente da Câmara Legislativa do DF (CLDF), Rodrigo Delmasso (Republicanos).

Cerca de 400 carros acompanharam o culto, de acordo com organizadores. A bispa Priscila Rodovalho Cunha foi responsável por pregar, mas os políticos também falaram ao microfone, em cima de um trio elétrico. Onyx e Delmasso estavam com máscaras, mas tiraram os adereços de proteção ao discursar.

Prioridade é a saúde

Para o presidente da Igreja Batista Central de Brasília, pastor Ricardo Espíndola, a maior preocupação é com a saúde dos fiéis, mas também há de se pensar no papel social das entidades religiosas, como a assistência espiritual e emocional para a comunidade, além das atividades sociais desenvolvidas, como distribuição de alimentos para a população carente.

“Uma hora a cidade terá de voltar, aos poucos, à normalidade, desde que tudo seja feito com muito cuidado e com atenção às recomendações mundiais. Dentro desse monitoramento, se for para abrir, defendo que haja regras, sim. Mesmo se for autorizada a reabertura, muitas igrejas não abrirão diariamente, elas não terão funcionamento regular. No nosso caso, a Igreja Batista Central fechou antes da determinação do governo, porque eu quis proteger não só a comunidade, mas também os funcionários”, disse.

Antes mesmo da determinação do GDF, a Igreja Batista Central foi uma das primeiras a fechar as portas por causa da pandemia

 

Confira as propostas do Copev:

  • Os membros deverão fazer uso de máscaras para adentrar ao templo;
  • A igreja deverá disponibilizar na entrada e nos pontos com maior fluxo de pessoas (porta dos banheiros), dispenser com álcool em gel 70% para todos os membros;
  • Deverá ser observada a distância mínima de 01 metro entre um membro e outro;
  • Limitação dos bebedouros coletivos para eliminar possíveis vetores de transmissão do vírus
  • Manter cartazes informativos em pontos visíveis sobre os métodos profiláticos para evitar a propagação do vírus;
  • Intercalar os acentos dentro da igreja para cumprir com o distanciamento;
  • Orientar as pessoas acima de 60 anos, aquelas que fazem parte do grupo de risco, e ainda, as que se encontram gripadas, que permaneçam em casa.

 

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