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Fecomércio-DF sobre decisão que impede reabertura de lojas: “Agrava crise”

Presidente da entidade, Francisco Maia afirmou, ainda, que a liminar recente da Justiça do DF gera insegurança aos empresários locais

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Presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia, sobre papel do Senac após a pandemia de coronavírus: "A mão de obra terá que ser reciclada. O papel do Senac, se já era importante, passa a ser muito mais".
1 de 1 Presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia, sobre papel do Senac após a pandemia de coronavírus: "A mão de obra terá que ser reciclada. O papel do Senac, se já era importante, passa a ser muito mais". - Foto: Divulgação

O presidente da Federação do Comércio do Distrito Federal (Fecomércio-DF), Francisco Maia (foto em destaque), afirmou nesta quarta-feira (8/7) que a nova decisão da Justiça de suspender a retomada gradual das atividades econômicas vai agravar ainda mais a situação atual das empresas e ampliar o desemprego local.

Maia ressaltou que o Governo do Distrito Federal (GDF) tem agido com cautela para que as categorias comerciais possam reabrir com responsabilidade e respeitando as regras estabelecidas pelo Executivo local.

“Existe uma situação econômica muito delicada no DF com toda a questão da pandemia. As empresas estão quebrando e o desemprego é muito grande. Se não abrir, esses números vão piorar. Acredito que precisa haver um acordo entre a Justiça e o Executivo para resolver essa questão”, afirmou Maia.

Já para o Sindicato de Bares e Restaurantes (Sindhobar) do DF, a decisão da Justiça é “irresponsável”. “É péssimo. Isso gera uma insegurança maior ainda para o empresário que está há quase quatro meses sem abrir as portas”, disse o presidente da entidade, Jael Antonio da Silva.

“A partir do momento que tínhamos a notícia sobre autorização para reabrir, o empresário comprou insumos e teve que convencer o fornecedor a dar um prazo maior para a compra, já que está todo mundo no vermelho. E agora? Faz o quê? Já deve aluguel, luz, água e outras obrigações. Não temos mais o que fazer”, reclamou.

O sindicato do segmento de beleza do DF (Simbeleza) também avalia como negativa a decisão da Justiça. De acordo com o presidente da entidade, Célio Ferreira de Paiva, a suspensão parte de um grupo de pessoas que quer criar um caos econômico em todo o DF.

“O pedido atendeu a ação popular impetrada por algumas pessoas e que, ao meu ver, não tem sentido nenhum. É um absurdo”, criticou. “Agrademos ao GDF por já ter entrado com recurso. Esperamos que isso se resolva o mais rápido possível”, concluiu.

Recurso

Ao Metrópoles, o governador Ibaneis Rocha (MDB) afirmou, na tarde desta quarta-feira, que vai recorrer da decisão da 10ª Vara de Fazenda Pública, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), que suspendeu os efeitos do decreto distrital que permitia a retomada das atividades econômicas na capital da República.

“Não fui notificado, mas tomei conhecimento. Decisão judicial é para ser cumprida e assim será. Não precisa estipular multa alguma, porque vamos respeitar. Mesmo assim, nós vamos recorrer dela”, afirmou o emedebista à coluna.

Nesta quarta-feira, o juiz Daniel Eduardo Branco Carnacchioni suspendeu temporariamente a decisão do governador, que já estava em vigor, no caso de academias e salões de beleza. O pedido atendeu a ação popular impetrada por Marivaldo Pereira, advogado e ex-candidato ao Senado pelo PSol, pelo jornalista Hélio Doyle, o cientista político Leandro Couto e o integrante do Conselho de Saúde Rubens Bias Pinto.

De acordo com o texto, haverá multa diária de R$ 500 mil caso a decisão não seja cumprida. O magistrado ainda estabelece um prazo de 20 dias para que o GDF apresente documento no qual comprove que a retomada das atividades é segura para a população.

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