Diplomatas: Marielle patrona do Rio Branco não é “opção ideológica”
Vereadora carioca foi escolhida, segundo associação, como repúdio pelo “covarde” assassinato e em defesa da liberdade de expressão
atualizado
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Em nota divulgada nesta sexta-feira (16/08/2019), a Associação dos Diplomatas Brasileiros (ADB-Sindical) afirmou que a escolha do nome da vereadora Marielle Franco (PSol-RJ) como patrona da turma de 2016 do Curso de Formação do Instituto Rio Branco não representa necessariamente opção ideológica dos formandos.
Segundo a embaixadora Maria Celina de Azevedo Rodrigues, responsável por assinar a nota, a escolha de Marielle representa ato de repúdio ao “covarde” assassinato e em defesa da liberdade de expressão.
A publicação afirma ainda que a eleição de um patrono para as turmas é feita de forma democrática, e já foram homenageadas personalidades que “perpassam todo o espectro político”.
Confira a nota na íntegra:
A Associação dos Diplomatas Brasileiros (ADB/Sindical), que congrega mais de 1500 associados, vem a público reiterar os valores de integridade, ética, respeito e isenção política, ideológica e partidária que fundamentam a atuação dos funcionários do Ministério das Relações Exteriores.
Nesse sentido, a entidade esclarece que a escolha da Vereadora Marielle Franco como patrona da turma de 2016 do Curso de Formação do Instituto Rio Branco não representa necessariamente opção ideológica dos formandos, menos ainda dos integrantes do MRE, que abriga servidores dos mais diferentes matizes ideológicos, sem que isso interfira no histórico empenho do Itamaraty na promoção incansável dos interesses nacionais.
A eleição do patrono/patrona de cada turma é democrática, e ao longo dos anos já foram homenageadas personalidades que perpassam todo o espectro político.
A escolha do nome da Vereadora representou essencialmente ato de repúdio a seu covarde assassinato e de defesa da liberdade de expressão, um dos princípios básicos da democracia, e como tal deve ser respeitada e entendida.
Em 14 de março de 2018, Marielle seguia para casa com o motorista, Anderson Gomes, e a assessora Fernanda Chaves depois de ter participado de um compromisso público, quando foi atingida por um tiro na cabeça. O ataque aconteceu na Rua Joaquim Palhares, no centro do Rio de Janeiro, e a suspeita de execução passou a ser investigada imediatamente.