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Vizinho de médica agredida levou soco e foi ameaçado ao tentar impedir ação

“Ela era muito pequena, uma pessoa muito pequena, e eles eram muito grandes”, contou Marco Antônio, defensor público, vizinho de Ticyana

atualizado

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O vizinho de Ticyana D’Azambuja que tentou defendê-la e impedir que fosse agredida pelos frequentadores de uma festa no bairro do Grajaú, no Rio de Janeiro, deu entrevista ao Fantástico, no programa que foi ao ar nesse domingo (07/06). Marco Antônio, defensor público, contou que levou um soco de Rafael Ferreira, um dos agressores, e foi questionado: “Quem está defendendo?”

Marco saiu de casa com a esposa, Bruna Werneck, quando ouviu os gritos de socorro da vizinha, e se aproximou. “Eu mostrei o celular com 190 na tela. Aí ouvi uma outra voz perguntar: ‘Mas quem está defendendo?’ e antes que ouvisse qualquer resposta, tomei um soco atrás da orelha. Eu me desequilibrei, virei para trás e vi um rapaz gritando. ‘Eu sou policial! Eu sou policial!'”, relatou Marco Antônio. “Ele dizia: ‘Atravessa o meu caminho para ver o que vai acontecer com você. Eu vou quebrar o seu joelho’.”

A intervenção não foi suficiente. Ticyana continuou sendo agredida, com ameaças a quem tentasse impedir a violência. “Ela era muito pequena, uma pessoa muito pequena, e eles eram muito grandes. Eles estavam muito enraivecidos. Gritando muito, xingando muito. Era uma situação muito tensa”, relatou Marco.

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Investigação do caso

De acordo com o Extra, 10 pessoas já foram ouvidas na 20ª Delegacia de Polícia (DP), em Vila Isabel. O policial militar Luiz Eduardo dos Santos Salgueiro, dono do carro que teve o retrovisor quebrado pela médica, prestou depoimento na última terça-feira (02/06) no Batalhão de Polícia de Choque, no Estácio. A unidade e a Corregedoria da Polícia Militar abriram procedimentos para apurar a conduta dele e a dos policiais que foram acionados para a ocorrência.

Rafael Presta, identificado no ato carregando a médica, disse que a festa era para celebrar seu aniversário. Seus advogados e os de Rafael Ferreira afirmam que os clientes lamentam o ocorrido e que todos os envolvidos devem arcar com as consequências de suas ações, incluindo a médica.

A defesa da mulher, que também participou das agressões, Ester Mendes, falou que não irá se pronunciar sobre o inquérito.

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