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Vídeo: profissionais da saúde, PMs e bombeiros se envolvem em confusão em UPA

Caso ocorreu em Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Médica teria recusado atendimento, e PM interveio na situação

atualizado

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goias confusao upa valparaiso
1 de 1 goias confusao upa valparaiso - Foto: Reprodução

Goiânia – Uma confusão generalizada envolvendo profissionais de saúde, bombeiros e policiais militares foi registrada em uma unidade de saúde de Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. A discussão teria ocorrido após uma médica recusar atendimento a uma idosa, em razão de obras no local. Depois disso, a PM foi acionada.

O caso ocorreu na segunda-feira (3/7), na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Marajó. Pelo vídeo, é possível ver que as profissionais de saúde estão exaltadas e pedem para que os policiais se retirem do local. Veja as imagens:

No vídeo, também é possível ver que um policial militar chega a tomar o celular da mão de uma pessoa que registrava a situação.

Atendimento alterado

Ao Metrópoles uma das enfermeiras que trabalha na unidade de saúde informou que o prédio está em reforma; por isso, teve o fluxo de atendimento alterado, conforme solicitado pela Secretaria de Saúde. Segundo ela, a UPA está com atendimento “restrito” para Samu, Corpo de Bombeiros e VIA 040, já que, em decorrência das obras, a unidade está sem laboratório, com raio-x inoperante e sem setor para internação.

Ainda de acordo com ela, as corporações estão cientes da alteração e, desde o início da reforma, foram orientadas a se deslocarem às demais unidades do município.

“Comunicamos a equipe do Corpo de Bombeiros sobre as demandas e o fluxo do atendimento; eles alegaram que a equipe não queria trabalhar e estavam omitindo socorro, chamando, assim, a Polícia Militar. Mesmo com a orientação de alteração do fluxo, a equipe, após avaliar a paciente, prestou os primeiros atendimentos pelo estado de saúde critico, resgatando glicemia com glicose, ofertando oxigênio adequadamente; houve a estabilização da paciente, preservando, assim, sua integridade física”, detalha nota enviada ao portal pela equipe da UPA.

“Foi realizada, então, a intubação da paciente, com a necessidade de que ela fosse sedada. Para tal, é necessário a passagem de um acesso venoso central e, no momento da realização de tal procedimento, o box de emergência foi invadido pelos policiais e bombeiros, empurrando o segurança no momento em que a médica estava com a agulha já puncionada na paciente (enquanto a mesma encontrava-se intubada e despida em cima do leito da unidade), impedindo que o procedimento essencial para preservação da saúde da paciente fosse concluído”, acrescenta a nota.

“Neste instante, foi solicitado para o guarda funcionário da UPA que ficasse na porta e não permitisse a entrada de mais ninguém, devido ao procedimento ser estéril, no entanto, o bombeiro tentou adentrar a sala sendo impedido pelo guarda, e o policial não gostou, enfiando o pé na porta e empurrando o guarda com total estupidez, a enfermeira e todas ali dentro. Solicitamos que os militares se retirassem do ambiente, uma das enfermeiras começou a gravar a ação abusiva, porém foi intimidada e agredida fisicamente com dois tapas no rosto pelos policiais, ocorrendo agressões também à fisioterapeuta presente”, reforça a nota.

Ainda de acordo com a equipe da UPA, só havia mulheres no momento, e todas se sentiram acuadas. “Após toda a ação violenta, deram voz de prisão para médica, enfermeira e fisioterapeuta. Retificamos que houve uma fatalidade na presente data, com ações absurdas e fora de proporção por parte dos militares. Nada justifica uma agressão por parte de um homem contra uma mulher, principalmente contra profissionais da saúde em seu local de trabalho, por aqueles que deveriam proteger a população”, destacam as profissionais.

Também por meio de nota, o Corpo de Bombeiros informou que, após a recusa de atendimento e a intervenção da Polícia Militar, foi feita uma ligação para a superior da médica, quando a gravidade da situação foi exposta e a mulher pôde ser avaliada. A equipe informou que foram constatadas dificuldades respiratórias e que a idosa precisou ser intubada. Segundo a corporação, a paciente tinha histórico de problemas respiratórios.

“Ao chegar à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Parque Marajó, a equipe de bombeiros deparou-se com a negativa de atendimento por parte de uma médica, por causa de uma reforma. O chefe da guarnição enfatizou a urgência do atendimento devido à gravidade do caso, porém a médica se recusou a prestar assistência. Diante dessa recusa, o comandante da guarnição alertou sobre a possibilidade de omissão de socorro e solicitou a intervenção da Polícia Militar. […] A Polícia Militar compareceu ao local para apurar os fatos. Circula pelas redes sociais um vídeo no qual pode ser observada uma discussão acalorada diante da situação. Um inquérito foi instaurado para investigar o ocorrido”, diz a nota.

O Metrópoles entrou em contato com a Polícia Militar, mas, até o fechamento desta reportagem, não houve retorno.

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