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Venezuela: em nota, Itamaraty chama regime Maduro de criminoso

Posicionamento ocorreu após confrontos com mortos e feridos nas fronteiras do país com o Brasil e com a Colômbia

atualizado

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RODRIGO AND/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Venezuela
1 de 1 Venezuela - Foto: RODRIGO AND/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Depois de confrontos violentos nas fronteiras da Venezuela com o Brasil e com a Colômbia, o Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota oficial, na madrugada deste domingo (24/2), na qual classifica o regime de Nicolás Maduro como ilegítimo e criminoso. O Itamaraty pede à comunidade internacional que reconheça o governo do presidente interino autoproclamado, Juan Guaidó. Forças de segurança de Maduro impedem a entrada de ajuda humanitária no país. 

Em decorrência dos conflitos, após o fechamento das divisas, pelo menos três pessoas morreram e 25 ficaram feridas na cidade venezuelana de Santa Elena, a cerca de 15 km da fronteira com o Brasil, segundo a prefeitura da cidade.

“Trata-se de um brutal atentado aos direitos humanos, que nenhum princípio do direito internacional remotamente justifica e diante do qual nenhuma nação pode calar-se”, diz a nota.

O governo brasileiro havia confirmado a passagem “exitosa” dos donativos recolhidos no país para o lado venezuelano, no entanto os mantimentos não chegaram à população. Ao menos três caminhões foram incendiados pelas forças da Venezuela na fronteira entre o país e a Colômbia.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de Roraima (Sesau-RR), até o fim da tarde desse sábado (23), cinco pessoas baleadas foram transferidas em ambulâncias do hospital Rosário Vera Zurita, em Santa Elena, para o município de Pacaraima (RR). Feridos também foram levados para o Hospital Geral de Roraima.

No fim da tarde desse sábado, um grupo de manifestantes atacou um posto do Exército venezuelano na divisa com pedras e coquetéis molotov. Parte do prédio e um carro foram incendiados. O confronto ocorreu pouco tempo depois de caminhões com ajuda humanitária retornarem ao lado brasileiro na fronteira.

Durante o conflito, manifestantes venezuelanos que estavam em território brasileiro incendiaram veículos estacionados em um posto de combustíveis a poucos metros da passagem aduaneira, já no território da Venezuela. Os militares avançaram em direção ao manifestantes e lançaram pedras, bombas de gás lacrimogêneo, além de dispararem balas de borracha contra a multidão.

Os militares brasileiros criaram uma barreira para que os manifestantes venezuelanos recuassem e a situação se acalmasse, para evitar uma escalada desnecessária.

Veja a nota na íntegra:

O Governo do Brasil expressa sua condenação mais veemente aos atos de violência perpetrados pelo regime ilegítimo do ditador Nicolás Maduro, no dia 23 de fevereiro, nas fronteiras da Venezuela com o Brasil e com a Colômbia, que causaram várias vítimas e dezenas de feridos. O uso da força contra o povo venezuelano, que anseia por receber a ajuda humanitária internacional, caracteriza, de forma definitiva, o caráter criminoso do regime Maduro. Trata-se de um brutal atentado aos direitos humanos, que nenhum princípio do direito internacional remotamente justifica e diante do qual nenhuma nação pode calar-se.

O Brasil apela à comunidade internacional, sobretudo aos países que ainda não reconheceram o Presidente encarregado Juan Guaidó, a somarem-se ao esforço de libertação da Venezuela, reconhecendo o governo legítimo de Guaidó e exigindo que cesse a violência das forças do regime contra sua própria população.

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