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#VazaJato: Lula diz que mensagens causam repulsa e são desumanas

Em nota, ex-presidente afirma que este foi um dos momentos mais tristes que passou na prisão, onde está desde abril de 2018

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Ex presidente Lula durante reunião PT – Brasília(DF), 13/12/2017
1 de 1 Ex presidente Lula durante reunião PT – Brasília(DF), 13/12/2017 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (27/08/2019) que recebeu com “extrema indignação” e “repulsa” as mensagens vazadas pelo portal UOL em que procuradores da Operação Lava Jato em Curitiba ironizam as mortes da ex-primeira-dama Marisa Letícia, do irmão do petista, Genival Inácio da Silva, e do neto Arthur Araújo Lula da Silva.

Em uma nota publicada no site oficial do ex-presidente, ele diz que os procuradores “referem-se de forma debochada e até desumana” às mortes de seus parentes.

“Foi com extrema indignação, com repulsa mesmo, que tomei conhecimento dos diálogos em que procuradores da Lava Jato referem-se de forma debochada e até desumana às perdas de entes queridos que sofri nos anos recentes: minha esposa Marisa, meu irmão Vavá e meu netinho Arthur”, diz o petista, preso em Curitiba no âmbito da Operação Lava Jato desde abril de 2018.

Lula completa: “Confesso que foi um dos mais tristes momentos que passei nessa prisão”.

Confira a nota na íntegra:
“Foi com extrema indignação, com repulsa mesmo, que tomei conhecimento dos diálogos em que procuradores da Lava Jato referem-se de forma debochada e até desumana às perdas de entes queridos que sofri nos anos recentes: minha esposa Marisa, meu irmão Vavá e meu netinho Arthur.

Confesso que foi um dos mais tristes momentos que passei nessa prisão em que me colocaram injustamente. Foi como se tivesse vivido outra vez aqueles momentos de dor, só que misturados a um sentimento de vergonha pelo comportamento baixo a que algumas pessoas podem chegar.

Há muito tempo venho dizendo que fui condenado por causa do governo que fiz e não por ter cometido um crime sequer. Tenho claro que Moro, Deltan e os procuradores agiram com objetivo político, pois me condenaram sem culpa e sem prova, sabendo que eu era inocente.

Mas não imaginava que o ódio que nutriam contra mim, contra o meu partido e meus companheiros, chegasse a esse ponto: tratar seres humanos com tanto desprezo, como se não tivessem direito, no mínimo, ao respeito na hora da morte. Será que eles se consideram tão superiores que podem se colocar acima da humanidade, como se colocam acima da lei?

Peço a Deus que ilumine essa gente, que poupe suas almas de tanto ódio, rancor e soberba. Quanto aos crimes que cometeram contra minha família e contra o povo brasileiro, tenho fé que, deles, um dia a Justiça cuidará.”

Entenda
Além de relativizar o luto do ex-presidente, os procuradores teriam divergido sobre o pedido de Lula para ir ao enterro do irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, em janeiro deste ano.

Procurada pela reportagem, a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba pontuou que não poderia se manifestar sem ter acesso integral às conversas. As procuradoras da República Thaméa Danelon e Monique Cheker responderam, por meio das assessorias de imprensa do MPF em São Paulo e no Rio de Janeiro, respectivamente, que não se comentariam os mencionados diálogos.

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