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Banco do Nordeste: Valdemar Costa Neto exige saída de indicados por ele

Em vídeo, presidente do PL disse que pediu ao Planalto demissão de diretoria do Banco do Nordeste devido a contrato milionário com ONG

atualizado

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Divulgação/Banco do Nordeste
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1 de 1 banco do nordeste - Foto: Divulgação/Banco do Nordeste

Um dos caciques do Centrão, o presidente nacional do PL (Partido Liberal), Valdemar Costa Neto, pediu ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que demita toda a diretoria do Banco do Nordeste — que ocupa os cargos públicos justamente por indicação da legenda, que faz parte da base de sustentação parlamentar ao governo federal.

O motivo da irritação de Costa Neto é um contrato do banco público com uma ONG (organização não governamental) que prevê repasses anuais de R$ 600 milhões. O político não detalhou o objeto desse contrato. A solicitação foi feito em vídeo, em que Costa Neto denunciou as supostas irregularidades e pediu a cabeça de seus indicados.

O Banco do Nordeste é presidido por Romildo Carneiro Rolim, funcionário de carreira da instituição e que já havia ocupado a presidência entre 2017 e 2018, nomeado pelo então presidente Michel Temer (MDB). Ele deixou o posto no início da gestão Bolsonaro, em 2019, e voltou a ser nomeado em junho de 2020, por indicação do PL. Nesta semana, a revista digital Crusoé noticiou que o executivo tem salário de R$ 46,5 mil e uma série de mordomias, como gratificação natalina, auxílio-moradia e jatinho à disposição.

“Respondi: duvido, mas vou esclarecer”, narra o presidente do PL. “Liguei para o presidente [do banco] e me surpreendi porque ele disse que estava contratando uma empresa, mas era muito caro o preço, e que a ONG prestava um grande serviço. Achei uma barbaridade um banco púbico contratar uma ONG por R$ 600 milhões por ano”, explica ele.

Veja o vídeo, no qual o político também diz que já pediu ao ministros palacianos e ao presidente que troque toda a diretoria da instituição:

Mensaleiro

Valdemar Costa Neto foi condenado e preso em 2012 por corrupção passiva e lavagem de dinheiro a 7 anos e 10 meses no processo do mensalão do governo Lula — do qual ele era aliado.

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