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TST julga nesta segunda-feira dissídio coletivo da greve dos Correios

Enquanto empresa e trabalhadores não chegam a acordo, consumidores reclamam de atraso na entrega das encomendas

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Fila em Centro de Distribuição dos Correios, no SIA
1 de 1 Fila em Centro de Distribuição dos Correios, no SIA - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) julga, nesta segunda-feira (21/9), o dissídio coletivo da greve dos Correios. A sessão teve início às 13h30 e é transmitida, em tempo real, pelo canal do TST no YouTube. O julgamento ocorre após a audiência de conciliação entre os Correios e os trabalhadores da empresa pública terminar, sem acordo, no último dia 11.

Deflagrada há mais de um mês, a paralisação tem gerado transtornos, tendo em vista que os serviços da empresa são amplamente utilizados durante a pandemia do novo coronavírus. Com a greve, muitos notaram atrasos nos envios de encomendas e boletos.

A empresária Ana Paula Gaudino, 38 anos, comprou um presente na expectativa de chegar a tempo do aniversário da sobrinha, no próximo domingo (27/9). “Só que os Correios informaram que tentaram entregar na minha casa, mas o porteiro não recebeu, sendo que não tem nada na portaria. Aí, apareceu no site que eu que tinha de retirar”, afirmou.

Nesta segunda-feira (21/9), ela foi até o Centro de Distribuição dos Correios, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), para buscar a encomenda e reclamou das dificuldades que a greve de funcionários do serviço está causando aos consumidores. “Eu vendo peças (de roupas) pela internet e também não estou vendendo muito por causa da greve dos Correios. Está difícil demais essa situação”, reclamou.

John Weber Rocha, 44, passou por situação parecida. Após chegar ao Centro de Distribuição, na manhã desta segunda, esperou ainda uma hora até conseguir pegar o pacote com peças de bicicleta que havia comprado. “Atrasou duas semanas. Disseram que tentaram entregar, mas que eu não estava em casa. Aí, informaram que entregariam de novo, mas, depois, cancelaram e disseram que eu teria de retirar”, contou o advogado.

A enfermeira Thaísa Manoela, 36, também esteve no local nesta segunda. Ela, porém, não conseguiu retirar a encomenda. “No site, informa que estaria disponível para retirada, mas, aqui, dizem que não está. Há 30 dias, estou tentando (fazer a retirada) e não consigo”, lamentou.

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O Metrópoles questionou os Correios sobre atrasos nas encomendas e como o cliente deve proceder diante desses casos. Vale lembrar que a retirada de objetos postais só pode ser feita por quem verificar no sistema de rastreamento a mensagem “Aguardando retirada”.

Em nota, a empresa disse que “o pedido de informação pelos canais de atendimento dos Correios deve ser feito pelo remetente, uma vez que, conforme a legislação postal mundial, eventual reembolso cabe somente a ele”.

“O cliente que contratou os serviços dos Correios (remetente) tem direito ao ressarcimento, que varia conforme o serviço contratado. Vale destacar que as regras de ressarcimento para encomendas são de responsabilidade do site de e-commerce em que foi realizada a compra online. No ato da compra, o consumidor deve observar quais são os termos que o site oferece para tais situações.”

Em caso de dúvidas, o cidadão deve entrar em contato com os Correios pelos canais de relacionamento, nos telefones 3003-0100 (capitais e regiões metropolitanas) e 0800 725 7282 (demais localidades), ou pelo site da empresa pública.

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