Trio é suspeito de falsificar morte para quitar imóvel de R$ 620 mil
Um dos suspeitos tinha acesso a dados de cartórios e teria facilitado a ação; os três teriam divido os bens adquiridos de forma ilícita
atualizado
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Goiânia – Dois homens e uma mulher suspeitos de falsificar uma certidão de óbito para quitar um apartamento de R$ 620 mil foram presos preventivamente pela Polícia Civil de Goiás (PCGO). Um dos investigados já cumpre pena no Complexo da Papuda, no Distrito Federal (DF). As prisões foram executadas nas últimas quinta e sexta-feiras (17 e 18/6).
Conforme explicação da PCGO, o primeiro investigado é um homem identificado como J.M.M.L., que teria comprado o apartamento e financiado junto a uma instituição bancária, além de contratar um seguro de vida no valor de R$ 100 mil.
A apuração do caso aponta que, depois do financiamento do imóvel, um segundo investigado, M.L.P.N., tinha acesso a servidores de cartórios espalhados pelo país e obteve uma certidão de óbito falsa em nome do primeiro suspeito. A documentação foi entregue a I.O.C., esposa de J.M.M.L..
A mulher, esposa do suposto morto, conseguiu judicialmente a quitação do apartamento e, com a documentação, o banco depositou R$ 623 mil na conta da família. Com isso, o casal ficou com o dinheiro do seguro e o homem passou a viver no imóvel, já quitado pelo banco.
J.M.M.L. vivia atualmente com o nome de Raul e cumpre pena no Complexo da Papuda. No entanto, sua identidade foi provada tecnicamente. O trio deve responder por estelionato, associação criminosa e uso de documento falso.
Detenções
O delegado responsável pelo caso, Gil Bathaus, afirma que o crime foi planejado pelo homem que tinha acesso à servidores de cartórios. Ele foi o primeiro a ser preso na quinta-feira (17/6).
O casal foi detido no dia seguinte (18/6). A mulher estava na Granja do Torto, no Distrito Federal e o marido dela também estava no DF, porém, preso na Papuda.
Segundo o investigador, a ação judicial do seguro de vida está em andamento, mas os advogados do banco já apresentaram ao judiciário fatos novos sobre o caso. O sequestro do apartamento também foi solicitado pela autoridade policial e acatado pelo poder judiciário.