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Tráfico de pessoas: Justiça procura brasileiros em cárceres na Ásia

Denúncias recebidas pelo Itamaraty desde agosto dão conta de 100 homens e mulheres vítimas de tráfico de pessoas no Camboja

atualizado

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Arte/Metrópoles
Tráfico humano
1 de 1 Tráfico humano - Foto: Arte/Metrópoles

O Ministério da Justiça investiga o caso de brasileiros que supostamente estariam vivendo em cárcere privado no Camboja, sudeste da Ásia. Segundo a pasta, há denúncias de que haveria cerca de 100 homens e mulheres vítimas de tráfico de pessoas.

Conforme apurado, as vítimas receberam ofertas de emprego no país com salário mensal de US$ 900 – cerca de R$ 4,6 mil, na cotação atual. Após aceitarem a proposta e chegarem ao Camboja, os brasileiros não conseguiram mais sair. Sob ameaças, seriam obrigados a trabalhar em negócios ilegais, como aplicação de golpes virtuais.

Homens e mulheres tiveram seus passaportes retidos e foram induzidos a assinar cláusula de confidencialidade, sendo submetidos a longas jornadas de trabalho, privação parcial de liberdade e abusos físicos.

As primeiras denúncias chegaram ao ministério em agosto deste ano. A pasta informou que trabalha com órgãos internacionais para apurar o caso e prestar apoio às vítimas.

Os alvos principais são pessoas jovens, entre 20 e 35 anos. As propostas de emprego são feitas, geralmente, em redes sociais, com promessas de condições de emprego dignas, possibilidade de crescimento e futuro promissor.

“As informações geram uma falsa ideia de seriedade e segurança. Na realidade relatada por quem conseguiu fugir do esquema, os criminosos tratam as pessoas traficadas como mercadorias, retém seus documentos e restringem sua liberdade. Há casos de violência e maus tratos físicos”, destaca nota da Justiça.

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