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Total de vacinados com dose de reforço varia de 4,5% a 32% nos estados

Ao todo, 19 UFs estão abaixo da média nacional de aplicação da terceira dose. Cerca de 40 milhões de brasileiros já receberam a proteção

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Mulher de óculos e máscara mostrando agulha com vacina
1 de 1 Mulher de óculos e máscara mostrando agulha com vacina - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A discrepância na aplicação da dose de reforço da vacina contra a Covid-19, doença causada pelo coronavírus, tem preocupado especialistas e autoridades sanitárias.

O percentual da população vacinada com o reforço varia de 4,6% a 32,9% nos estados. O local com a taxa de imunizados mais baixa é Roraima. Na ponta contrária, está São Paulo.

No total, 19 unidades da Federação estão abaixo da média nacional de aplicação da chamada “terceira dose”. Atualmente, 19,9% da população já recebeu o reforço da proteção contra a Covid-19.

Os dados foram analisados pelo Metrópoles na sexta-feira (28/1), com base em material publicado pelo LocalizaSUS, plataforma de prestação de contas do Ministério da Saúde.

Atualmente, o Ministério da Saúde recomenda o intervalo de quatro meses entre a segunda dose e a dose de reforço da imunização contra o coronavírus. Cerca de 40 milhões de pessoas já receberam essa aplicação.

A comunidade médico-científica avalia que a dose de reforço é fundamental para frear o avanço de novas variantes e reduzir hospitalizações e óbitos, principalmente em grupos de risco.

O reforço pode ser aplicado em qualquer pessoa maior de 18 anos que tenha recebido as duas doses, respeitando o prazo mínimo recomendado após a segunda aplicação.

Conforme as orientações emitidas pela Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 (Secovid), o imunobiológico da Pfizer será utilizado como dose de reforço em pessoas vacinadas com os imunizantes Coronavac, AstraZeneca e Pfizer.

A opção por essa vacina levou em consideração o aumento da resposta imunológica no esquema heterólogo. Caso o imunizante da Pfizer esteja em falta, os imunobiológicos da Janssen e AstraZeneca também poderão ser utilizados na dose de reforço.

A infectologista Joana D’arc Gonçalves, mestre em medicina tropical pela Universidade de Brasília (UnB), explica que a dificuldade de acesso, a pressão do movimento antivacina e a logística da campanha, que se desenhou com muitas doses, impactam na adesão.

“Muitas pessoas deixam de fazer a dose de reforço por acreditar que após a infecção têm muitos anticorpos. O que não é verdade. Muita gente tem dificuldade de acesso, com isso a logística fica mais complexa”, salienta.

Veja os estados que menos aplicaram a dose de reforço:

  • Roraima: 4,5%
  • Amapá: 4,6%
  • Acre: 6%
  • Pará: 7,3%
  • Paraná: 8,1%
  • Maranhão: 9,2%
  • Tocantins: 9,8%
  • Mato Grosso: 11,4%
  • Rondônia: 11,5%
  • Alagoas: 13%

Menos mortes

Dados da Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA, na sigla em inglês) mostram que pessoas com 50 anos ou mais vacinadas com a dose de reforço contra Covid-19 têm 95% de proteção contra morte após infecção pela variante Ômicron.

“As evidências são claras – a vacina ajuda a proteger a todos nós contra os efeitos da Covid-19, e o reforço está oferecendo altos níveis de proteção contra hospitalização e morte nos mais vulneráveis ​​de nossa sociedade”, disse a chefe de imunizações da UKHSA, Mary Ramsay.

Técnicos do Ministério da Saúde estão preocupados com o baixo índice de aplicação da terceira dose. A recomendação é para que aqueles que ainda não se imunizaram procurem os postos de vacinação ou retornem para tomar a segunda dose e a dose de reforço.

Veja o ranking dos estados que mais aplicaram a dose de reforço:

  • São Paulo: 32,9%
  • Mato Grosso do Sul: 29,5%
  • Rio Grande do Sul: 23,6%
  • Espírito Santo: 22,5%
  • Distrito Federal: 21,9%
  • Minas Gerais: 21,6%
  • Ceará: 21,5%
  • Rio Grande do Norte: 21%
  • Pernambuco: 18,8%
  • Rio de Janeiro: 17,3%
  • Sergipe: 16,9%
  • Piauí: 16,6%
  • Santa Catarina: 15,7%
  • Amazonas: 15,2%
  • Bahia: 14,6%
  • Goiás: 13,7%
  • Paraíba: 12%

 

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