Torres orienta que grupos sigam pedido de Bolsonaro e liberem rodovias
Ministro da Justiça e Segurança Pública solicitou que os manifestantes “não impeçam o direito de ir e vir de todos”, como pediu Bolsonaro
atualizado
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, pediu, nesta quarta-feira (2/11), que manifestantes sigam o pedido de Jair Bolsonaro (PL) e “não impeçam o direito de ir e vir de todos”.
A solicitação foi feita nas redes sociais, um dia após o presidente se pronunciar pela primeira vez após a derrota nas urnas. Em discurso proferido 44 horas após o resultado das eleições, Bolsonaro desaprovou as ações.
Torres reiterou o pedido e afirmou que, entre as 18h de domingo (30/11) e as 7h desta quarta, 544 bloqueios foram desfeitos. O balanço mais recente, divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) por volta das 9h30, aponta que o número de ocorrências desfeitas saltou para 601.

PRF/Divulgação

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Veja a publicação de Anderson Torres:
#Bomdia !
Ação continuada da @PRFBrasil na desinterdição das rodovias federais.
Das 18:00 de domingo (30) até as 07:00 de hoje (2), já foram feitos 544 desbloqueios. Reitero o pedido do PR @jairbolsonaro para que as manifestações não impeçam o direito de ir e vir de todos.🇧🇷— Anderson Torres (@andersongtorres) November 2, 2022
Bloqueios após fala de Bolsonaro
Mesmo após o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro, o país tem 156 ocorrências em rodovias federais nesta manhã (2/11), feriado de Finados. São 110 interdições e 46 bloqueios.
Apesar de não motivar o fim dos atos, o discurso de Bolsonaro — no qual o mandatário desaprovou as ações — fez com que o movimento perdesse força. As obstruções, organizadas por apoiadores do presidente, ocorrem em estradas de 15 estados.

PM de São Paulo conversa com manifestantes Fábio Vieira/Metrópoles

PM de São Paulo conversa com manifestantes Fábio Vieira/Metrópoles

SC tem mais de 70 pontos de bloqueio nesta terça-feira (1º/11) Tiago Ghizoni/Diário Catarinense

Os grupos de manifestantes — compostos, principalmente, por caminhoneiros — não aceitam a derrota de Bolsonaro nas urnas, no segundo turno das eleições de domingo (30/10), e promovem o fechamento de rodovias por todo o país Vinícius Schmidt/Metrópoles

As manifestações de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) seguiram pela madrugada desta terça-feira (1º/11) por BRs que cortam o Distrito Federal e o Entorno Vinícius Schmidt/Metrópoles

Até por volta das 5h30, carros de passeio estavam liberados para passar. No entanto, houve desentendimento entre caminhoneiros e o restante do grupo, o que levou ao fechamento total da rodovia com uma barreira de pneus Vinícius Schmidt/Metrópoles

Caminhoneiros bloqueiam vias pelo país Vinícius Schmidt/Metrópoles

Por volta das 3h desta terça-feira (1º/11), os manifestantes fecharam os dois sentidos da BR-070, que liga Águas Lindas (GO) à capital federal Vinícius Schmidt/Metrópoles

Alexandre de Moraes autoriza PM estadual a agir em bloqueios nas rodovias Vinícius Schmidt/Metrópoles

PM de São Paulo conversa com manifestantes Fábio Vieira/Metrópoles
No início desta manhã, 17 unidades federativas contavam com 167 pontos de obstruções. Os movimentos foram finalizados em dois estados após atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas últimas horas. De acordo com a corporação, 601 manifestações já foram desfeitas desde segunda-feira (31/10).
Os estados com maior número de ocorrências são Santa Catarina (35 bloqueios), Mato Grosso (30 interdições), Pará (17 interdições), Rondônia (13 interdições) e Minas Gerais (12 interdições e um bloqueio).
Nos últimos dois dias, o Ministério da Justiça e Segurança Pública aplicou 912 multas a condutores autuados por bloquearem rodovias. De acordo com a pasta, as multas variam entre R$ 5 mil e R$ 17 mil, segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB).