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“Tinha que ser presa”, diz pai de Henry Borel sobre babá do menino

Em primeira audiência do caso, Thayna Oliveira afirmou que não sabia de agressões. Ela mudou depoimento três vezes e foi indiciada

atualizado

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Babá Caso Henry
1 de 1 Babá Caso Henry - Foto: Reprodução

O pai do menino Henry Borel, o engenheiro Leniel Borel, classificou como “mentira descarada” a mudança no depoimento da babá da criança, Thayna Oliveira, na primeira audiência do caso, realizada em 6/10 no 2º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro.

Esta foi a terceira vez em que a mulher alterou a versão sobre os dias anteriores à morte de Henry e as agressões praticadas pelo médico e ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, preso pelo crime desde abril. A mãe do menino, Monique Medeiros, também está detida.

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Em um primeiro momento, a babá contou à polícia que não tinha conhecimento de episódios violentos por parte do padrasto da criança e que a relação familiar entre Monique, Jairo e o menino era “harmônica”. No entanto, de volta à delegacia pela segunda vez, ela confirmou que o menino era vítima de agressões constantes de Jairinho, com o conhecimento de Monique. Na audiência, Thayna era testemunha chave e a expectativa era que ela reafirmasse a última versão, o que não ocorreu.

Em entrevista ao jornalista Edimilson Ávila, da TV Globo, no podcast “Desenrola, Rio”, Leniel disse que Thayna deveria estar presa. Ela já foi indiciada pela Polícia Civil por falso testemunho devido às mudanças nos depoimentos.

“Achei aquilo um absurdo, a terceira versão da babá, mais uma versão mentirosa, de falar que não sabia. Com possibilidade de ser presa, a mulher vai lá e fala aquele monte de mentira e continua mantendo uma versão mentirosa. É um absurdo uma pessoa fazer uma coisa dessa e não ser presa”, desabafou o engenheiro.

Mensagens extraídas do celular de Thayna mostraram que ela sabia do comportamento violento de Jairinho e chegou a falar com Monique a respeito. Em um vídeo gravado pela babá, Henry aparece mancando, e durante um banho, ele pediu para que não tocasse na cabeça porque “estava doendo”.

Leniel lembrou que Thayna cursava psicologia e não denunciou à polícia a violência sofrida por Henry. “Uma pessoa se formando em psicologia, com toda a técnica para identificar agressões, depoimentos contraditórios, a gente viu nas mídias dela ela falando com os familiares, com o noivo, do ambiente que o meu filho estava sofrendo”, declarou.

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