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Inquérito contra Temer: defesa pede acesso à decisão de Fachin

Ministro do STF decidiu incluir em investigação depoimento de Lúcio Funaro: ele disse que presidente recebeu propina da Odebrecht

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
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1 de 1 temer-840×560-840×560 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O presidente Michel Temer (MDB) e sua defesa pediram nesta quarta-feira (21/3), ao Supremo Tribunal Federal (STF), para terem acesso à decisão do ministro Edison Fachin que autorizou a inclusão de todos os anexos e documentos relacionados ao depoimento do operador Lúcio Funaro sobre suposto pagamento de propina da Odebrecht para campanhas do MDB em 2014 em troca de favorecimento à empresa. Segundo relatos do delator, Temer estaria entre os emedebistas beneficiados.

A iniciativa de acrescentar aos autos do processo o depoimento de Funaro partiu da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Temer chegou a enviar uma carta à procuradora-geral apresentando seus argumentos, mas Fachin, relator do processo no Supremo, acatou a sugestão e decidiu pela inclusão dos termos da delação de Funaro às investigações.

Além de Temer, o inquérito aponta envolvimento, como beneficiários, dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência). Segundo Funaro, dirigentes da Odebrecht usaram o doleiro Álvaro Novis para fazer com que os valores destinados a Temer chegassem a Yunes.

O delator contou que, na ocasião, recebeu um telefonema do ex-ministro Geddel Vieira Lima, pedindo que retirasse R$ 1 milhão com José Yunes, a ser entregue em Salvador. Geddel teria dito a Funaro que esse dinheiro era referente a uma doação via caixa 2 da Odebrecht, acertada juntamente com Eliseu Padilha e Michel Temer.

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