metropoles.com

Reforma administrativa a ser enviada ao Congresso poupa atuais servidores

Proposta prevê fim da estabilidade para os futuros servidores e a possibilidade de redução da jornada e dos salários

atualizado

Compartilhar notícia

Michael Melo/Metrópoles
Foto colorida mostra grupo de homens, servidores públicos, caminhando - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida mostra grupo de homens, servidores públicos, caminhando - Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) informou, na manhã desta terça-feira (1º/9), que enviará ao Congresso Nacional na próxima quinta-feira (3/9) a proposta de reforma administrativa.

O anúncio foi feito no Palácio da Alvorada, após reunião com integrantes do governo, entre eles o ministro da Economia, Paulo Guedes, e líderes no Congresso.

Bolsonaro garantiu que a proposta, que mexe com o funcionalismo público, não afeta os atuais servidores. “Não atingirá nenhum dos atuais servidores, ela se aplicará apenas aos futuros servidores concursados”, frisou.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, também defendeu a reforma. “Ela redefine toda a trajetória do serviço público para o futuro, um serviço público de qualidade, com meritocracia, com concursos exigentes, promoção por mérito. É importante que nós estamos não só com os olhos na população brasileira no curto prazo, mas toda classe política brasileira, pensando no futuro do país”, resumiu.

Anteriormente, o governo adiou quatro vezes o envio do texto da reforma administrativa ao Congresso. A ideia no Palácio do Planalto era esperar as eleições municipais e a escolha do presidente da Câmara e do Senado para encaminhar a proposta que mexerá no funcionalismo público.

O texto base da reforma está pronto desde janeiro. Além do fim da estabilidade para os futuros servidores, o projeto de reforma administrativa prevê a possibilidade de redução da jornada e dos salários do funcionalismo público.

Os salários iniciais devem ser reduzidos e as tabelas remuneratórias, reorganizadas. O objetivo é fazer com que os rendimentos dos servidores fiquem mais próximos aos praticados pelo setor privado. Salários iniciais mais baixos e uma progressão mais longa na carreira são a espinha dorsal do projeto que ainda não foi apresentado formalmente.

A reforma administrativa é mais uma das propostas do governo para desengessar o Orçamento, pois há pouco espaço para investimentos públicos. O teto de gastos, criado para limitar o crescimento nas despesas, tem ameaçado levar à paralisia diversos órgãos do governo.

Preocupados principalmente com o fim da estabilidade e a redução salarial, categorias se articulam e intensificam o “lobby” no Congresso. Essa movimentação já resultou na criação, nesta semana, da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público, com a adesão de 235 deputados e seis senadores de 23 partidos.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?