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Senado: Pacheco cancela sessões remotas e comissões previstas nesta semana

Com isso, portanto, não haverá a audiência com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, prevista para quarta-feira (8/9)

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Na presidência o senador Rodrigo Pacheco Senado Federal no final da votação da PL 2.108:2021, que revoga Lei de Segurança Nacional 3
1 de 1 Na presidência o senador Rodrigo Pacheco Senado Federal no final da votação da PL 2.108:2021, que revoga Lei de Segurança Nacional 3 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, decidiu cancelar as sessões deliberativas remotas e as reuniões de comissões da Casa previstas para esta quarta-feira (8/9) e quinta-feira (9).

“A Presidência comunica às Senadoras e aos Senadores que estão canceladas as sessões deliberativas remotas e as reuniões de comissões previstas para os dias 8 e 9 de setembro”, confirmou a assessoria da Casa, em nota enviada ao Metrópoles.

Com isso, portanto, não haverá audiência com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, prevista para quarta-feira (8) na Comissão de Acompanhamento da Covid-19.

A decisão acontece após os presidentes do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), terem sidos cobrados a “tomarem uma posição” em relação às falas do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), em discursos a apoiadores durante atos no 7 de Setembro.

Em fala na Avenida Paulista, em São Paulo, o mandatário da República fez referências diretas ao ministro Alexandre de Moraes. “Temos um ministro dentro do Supremo que ousa continuar fazendo aquilo que nós não admitimos.”

O chefe do Executivo federal afirmou ainda: “Um ministro que deveria zelar pela nossa liberdade, pela democracia, pela Constituição, faz exatamente o contrário. Ou esse ministro se enquadra ou ele pede pra sair”. Em outro trecho, repetiu: “Não vamos mais admitir pessoas, como Alexandre de Moraes, que desrespeitam nossa Constituição”.

O titular do Planalto também questionou a independência do Supremo. “Respeitamos todas as instituições. Quando alguém do Poder Executivo começa a falhar, eu converso com ele. Se não se enquadra, eu demito. Quando um deputado ou senador começa a fazer algo que está fora das quatro linhas, ele é submetido ao conselho de ética e pode perder seu mandato. Mas no STF isso não acontece.”

Pedidos de impeachment

O presidente do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva, conhecido como Paulinho da Força, disse em entrevista à CNN, nesta terça-feira (7/9), que é favorável ao impeachment de Bolsonaro.

A mobilização também parece surgir de outros partidos. Mais cedo, siglas como o PSDB e o PSD sinalizaram apoio ao impeachment do presidente. O presidente dos tucanos, Bruno Araújo, anunciou a convocação de uma reunião extraordinária para tratar da posição do partido em relação ao possível processo.

A mensagem de Araújo convocando a reunião foi publicada pouco tempo após Bolsonaro adotar tom de ameaça ao Judiciário durante discurso feito a apoiadores reunidos na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

O PSDB, por enquanto, não tem uma posição definida em relação aos mais de 100 pedidos de impeachment protocolados na Câmara dos Deputados e nunca avaliados. No entanto, tem se posicionado a favor da democracia.

A manifestação de Araújo sobre eventual apoio do PSDB ao impeachment de Bolsonaro se soma à declaração dada nessa segunda-feira (6/9), pelo presidente do PSD, Gilberto Kassab, no mesmo sentido.

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