metropoles.com

Secretário dos EUA vem ao Brasil após visita de Bolsonaro

Os dois países devem anunciar a retomada de um mecanismo bilateral chamado Diálogo Comercial

atualizado

Compartilhar notícia

Igo Estrela/Metrópoles
bolsonaro galeteria
1 de 1 bolsonaro galeteria - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O secretário de comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, tem uma viagem planejada ao Brasil para a próxima semana, segundo fontes que articulam a visita. A agenda de Ross ainda está sendo montada, mas há previsão de passagens do americano por Brasília, onde vai se encontrar com integrantes do governo, e por São Paulo.

A viagem é considerada pelos americanos e brasileiros como um dos passos de estreitamento das relações comerciais entre os dois países depois da visita do presidente Jair Bolsonaro (PSL) a Donald Trump, em março.

Na época, após encontro dos dois líderes na Casa Branca, Brasil e EUA concordaram em reduzir barreiras de comércio e investimentos – o que foi chamado de “parceria para a prosperidade” no texto da declaração conjunta.

Os dois países devem anunciar a retomada de um mecanismo bilateral chamado Diálogo Comercial. No passado, os encontros para incentivar comércio e investimentos eram conhecidos como MDIC-DoC – uma referência às siglas do então Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, no Brasil, e do Departamento de Comércio americano. Apesar de o mecanismo já existir desde 2006, EUA e Brasil querem avançar de forma mais ambiciosa em liberação de barreiras que não envolvam debate sobre tarifas, por exemplo, e temas de transparência em regulação.

Ross deve se encontrar com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. Os americanos também articulam um encontro com Bolsonaro, que tem deixado claro que deseja intensificar a relação com os EUA.

Fontes do governo brasileiro querem aproveitar a presença de Ross para falar sobre a ideia de um acordo do Mercosul com os Estados Unidos. O presidente da Argentina, Mauricio Macri, falou publicamente da intenção, que também é tratada pelo governo brasileiro nos bastidores.

O tema já foi levado a Ross por integrantes da equipe econômica do governo brasileiro, mas Washington tem reagido de forma cética à entrada em um novo acordo de livre-comércio.

Desde a chegada de Trump à Casa Branca, os EUA decidiram se retirar ou renegociar acordos de livre-comércio – caso do Tratado Transpacífico (TPP, na sigla em inglês), do qual os americanos desembarcaram, e do Nafta, que foi refeito. Além disso, o governo americano tem esforços voltados para negociações comerciais travadas com a China.

Apesar de o Brasil querer explorar o tópico, a avaliação entre integrantes do governo é de que os EUA devem avançar nos temas regulatórios e não tarifários, em um primeiro momento. Fontes do governo americano afirmam que apesar do entusiasmo com a gestão Bolsonaro é preciso avaliar como o Brasil vai encaminhar reformas domésticas e conduzir negociações bilaterais, para que o avanço da relação diplomática e comercial aconteça de “forma fluida”.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?