O Ministério da Saúde publicou, nesta sexta-feira (21/1), nota técnica que oficializa a inclusão da Coronavac para o público infantil ao Programa Nacional de Operacionalização da Vacinação (PNO). Antes de definir sobre uma nova compra, porém, a pasta aguarda levantamento de estados e municípios sobre a quantidade em estoque nas redes de frio regionais.
De acordo com o secretário-executivo da Saúde, Rodrigo Cruz, o ministério conta com seis milhões de doses em estoque. “São cerca de três milhões de doses da Coronavac nas redes de frio que podem ser utilizadas. O levantamento deve ser encaminhado até segunda-feira para o ministério”, explicou.
Para os estados sem o imunizante no estoque, ou com menos de 400 mil doses, a pasta elaborou uma pauta de distribuição emergencial e vai enviar o suficiente para imunizar 10% de toda a população da faixa etária.
A decisão de incorporar a vacina produzida pelo Butantan no PNO veio após a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do uso em crianças de 6 a 17 anos. As duas doses do imunizante devem ser aplicadas com 28 dias de intervalo e a vacina não deve ser oferecida a crianças imunocomprometidas.
As restrições foram definidas pela agência reguladora pela falta de informações sobre a aplicação em crianças menores de 6 anos ou imunocomprometidas.
Estados que já possuem a Coronavac em estoque já podem começar a utilizá-la para imunizar crianças.
Veja a nota completa:
SEI_MS – 0024955703 – Nota Técnica 6.2022 – Vacinação Coronavac by Mariah Aquino on Scribd
Regras de operacionalização
O Ministério reitera as normas aprovadas pela Anvisa para a operacionalização da campanha. São elas:
- realização em espaço específico e segregado da vacinação de adultos;
- não aplicação de forma concomitante a outras vacinas do calendário infantil;
- esclarecimento aos pais sobre possíveis efeitos colaterais no momento da aplicação;
- checagem da vacina no momento de aplicação;
- existência de monitoramento para farmacovigilância.