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Mais Médicos é programa de improvisações, diz Mandetta

Em Brasília, próximo titular do Ministério da Saúde ainda prometeu um “choque de gestão” em seis hospitais e três institutos federais do Rio

atualizado

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SôNIA BAIOCCHI/DIVULGAÇÃO/ESTADÃO CONTEÚDO
Bolsonaro atende frente e coloca deputado na Saúde
1 de 1 Bolsonaro atende frente e coloca deputado na Saúde - Foto: SôNIA BAIOCCHI/DIVULGAÇÃO/ESTADÃO CONTEÚDO

Com críticas à gestão atual e passada, o futuro ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou nesta sexta-feira (28/12) que o programa Mais Médicos seria caracterizado por improvisações, “desde o dia em que foi instalado até hoje”, e que vai ser revisto “como um todo”. As informações são do Estadão.

“Vamos aguardar o que esse governo vai concluir, porque a gente já fez reuniões. O entendimento deles começa de um jeito, depois muda. A característica do Mais Médicos é de um programa de improvisações, uma atrás da outra. Desde o dia em que foi instalado até hoje”, disse. “Isso vai ter que ser revisto, esse programa. Tem inúmeras situações de distorção”, afirmou o futuro ministro na sede do governo de transição em Brasília, no CCBB.

Mandetta cita como exemplo de “improvisações” o fato de que o programa não tinha previsão de distrato. Sobre as supostas distorções, o futuro ministro diz que houve substituição completa do quadro de profissionais em cidades que têm Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) alto, e que, em tese, não precisariam disso, como Brasília.

Abandono de Cuba
Criado em 2013 na gestão da presidente Dilma Rousseff (PT), o programa tinha como um dos alicerces a parceria com o governo cubano, que mandava profissionais para o interior do Brasil.

O programa foi alvo do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), crítico do regime cubano, que prometeu impor uma série de medidas à continuação dos profissionais aqui, o que fez Cuba abandonar o programa.

A saída de 8,5 mil médicos cubanos criou uma crise em municípios e fez com que prefeitos e secretários de Saúde se articulassem para a manutenção dos estrangeiros no país. Em 14 de dezembro, um terço dos brasileiros inscritos no programa ainda não havia se apresentado para ocupar as vagas.

Hospitais do Rio
Ainda no CCBB, Mandetta apresentou as prioridades de sua pasta nos primeiros cem dias de gestão, Uma delas será um “choque de gestão” em seis hospitais e três institutos federais da cidade do Rio de Janeiro.

“Esses hospitais federais precisam ser integrados, tomar um choque de gestão, melhorar a questão da compra conjunta. Na parte de atendimento hospitalar, a rede federal no Rio de Janeiro vem passando por inúmeros problemas, então a gente deve entrar numa agenda com a agenda hospitalar do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro”, afirmou. Por “choque de gestão”, ele exemplificou a unificação de compras e revisão de contratos.

Os hospitais federais do Rio de Janeiro são o de Ipanema, Bonsucesso, Lagoa, Andaraí, Cardoso Fontes e Servidores do Estado. Os institutos são os do Câncer, Cardiologia e Traumatologia e Ortopedia.

Segundo Mandetta, o ministério vai trabalhar em três eixos principais: o primeiro é socorrer os hospitais e institutos federais cariocas; o segundo, atuar na saúde básica em Roraima; e o terceiro, promover uma estratégia de saúde da família em algum Estado ainda não selecionado.

Ponto dramático
No caso de Rondônia, é um “ponto dramático”, nas palavras dele, “porque mostra muito a falência da atenção básica, principalmente na área de vigilância e saúde”. A migração do venezuelanos trouxe doenças como sarampo e encontrou uma população pouco vacinada, afirmou Mandetta. “Vamos ter que chegar até lá e fazer o rearranjo do impacto dessa grande diáspora venezuelana através do território brasileiro”.

Sobre o terceiro eixo de atuação, ele não entrou em detalhes. Se limitou a dizer que o foco será uma estratégia para atenção básica e saúde da família, em um estado que ainda não definiram.

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