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RJ: sócio de empresa de casamentos que deu calote em noivos nega estar “fugindo”

Em áudio enviado a noivos e fornecedores, um dos sócios da Bluemoon, empresa que organiza casamentos no Rio, diz que a “semana foi difícil”

atualizado

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1 de 1 bluemoon - Foto: Reprodução

Rio de Janeiro – Após deixar noivos sem respostas e fornecedores sem pagamento, um dos sócios da empresa organizadora de casamentos Bluemoon afirmou que não está fugindo. Em áudio enviado a grupo com clientes, Jair da Silva Neto, mais conhecido como Jota, tentou contornar a situação.

“Estamos tentando entender o impacto do que está acontecendo. O negócio ficou muito mais sério. A última semana foi muito difícil, causou uma avalanche que ninguém esperava”, destacou, na gravação a que o Metrópoles teve acesso.

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Segundo o empresário, a “última semana foi muito difícil, causou uma avalanche que ninguém esperava”. “Tudo começou quando os fornecedores começaram a emitir comunicados, e os clientes começaram a ficar apavorados. Com isso, a coisa entrou em um ecossistema alucinante”, afirma Jota.

Em mais de oito minutos de áudio, o empresário não menciona o fato de que alguns noivos, no fim de semana passado, tiveram de contratar outros fornecedores, às pressas. Jota também não fala sobre o atraso de pagamento e as dívidas com prestadores de serviço.

“Fecharam nossa empresa antes de a gente fechar, sendo que foi uma semana difícil, mas foi só mais uma semana difícil.”

Ele assegura que os sócios não estão se escondendo. “Não estamos fugindo. Sei que vocês estão passando por um momento difícil, a gente sente muito por isso. Mas infelizmente acabaram envolvendo todo mundo. Uma pena. Mas achar que estamos parados, fazendo nada, não é uma verdade. Não estamos fugindo e não vamos fugir.”

Jota negou a possibilidade de existir uma pirâmide na empresa; alegou que ele e os sócios estão tentando solucionar os problemas dos casais, e pediu desculpa.

“Se tornou uma coisa muito grandiosa. Não tem ninguém fugindo aqui, não tem golpe, não tem calote, conta no exterior, nem pirâmide. Estamos tentando entender as consequências do que isso vai nos gerar e como podemos sair dessa. E, acreditem: ainda pensando nos nossos casais. Não somos irresponsáveis, imaturos e não estamos fugindo. Desculpe por tudo isso que vocês estão passando”, continua um dos sócios da empresa que está no mercado há cinco anos.

A mensagem não teve o efeito esperado e as pessoas começaram a desmentir as providências que ele disse estar tomando.

“Mentira! Ninguém resolveu nada da situação do meu casal do último fim de semana. Então todos os casais são mentirosos? E os fornecedores também?”, ponderou uma cerimonialista. “São 380 casais com ticket médio de R$ 86 mil. Ou seja, cerca de R$ 32 milhões”, contabilizou uma pessoa no grupo. “Para onde foi esse dinheiro?”, questionou outra.

Em nota publicada no Instagram, a empresa cita que fez cerca de 300 festas só neste primeiro semestre e fala sobre as dificuldades que tiveram durante a pandemia. Leia na íntegra:

O espaço de festas Vila Riso, onde funciona a sede da empresa em São Conrado, zona sul do Rio, e ao menos outras nove casas de luxo no Rio de Janeiro têm parceria com a Bluemoon. São elas: Mansão Santa Teresa, Germania Garden, Mansão Rosa, Solar das Palmeiras, Palladium, Germânia Garden, Soul, Solar Imperial e Quinta do Chapecó.

Pedido de oração

Ainda no áudio, Jota relata que familiares dele e dos sócios estão sendo ameaçados por meio de mensagens, e pede oração.

“Estamos muito preocupados com as nossas famílias. Tem prints em grupos falando em sequestrar o meu filho, em invadir, falando coisas ruins. Não depende só mais de nós aqui. Entrou em uma esfera tão grave, tão alucinante, que cada passo nosso precisa ser autorizado por um advogado. Meu filho está tendo que ficar na casa dos meus sogros. Se eu puder pedir alguma coisa, peço orações, não em relação ao nosso negócio, mas em relação à nossa família”, finaliza o sócio da Bluemoon.

A Bluemoon teria ao menos 300 contratos para cumprir nos próximos meses, com valores de festas que variam entre R$ 50 e R$ 150 mil.

O caso está sendo investigado pela 15ª DP da Gávea, que visa identificar os crimes cometidos. Segundo a Polícia Civil, os responsáveis pela empresa serão intimados a prestar declarações.

O Metrópoles tentou contato com Jota, mas, até a conclusão da reportagem, não obteve retorno.

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