RJ: operação policial em Belford Roxo deixa ao menos seis mortos
Moradores dizem, no entanto, que há mais corpos no local. Ainda durante a ação, sete pessoas acabaram presas e outras três, feridas
atualizado
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Rio de Janeiro – Seis pessoas morreram durante uma ação da Polícia Militar do Rio de Janeiro no Parque Floresta, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, nesta quinta-feira (3/2). Moradores da região dizem, no entanto, que há mais corpos no local. Ainda durante a operação, sete pessoas acabaram presas e outras três, feridas. Elas estão sob custódia no Hospital de Belford Roxo.
Em nota, a Polícia Militar informou que a equipe foi atacada a tiros por criminosos e, por isso, houve confronto. Oito fuzis, cinco pistolas, quatro granadas e drogas foram apreendidos. O material e os presos acabaram levados para a 54ª DP (Belford Roxo).
Um arsenal de armas de guerra foi apreendido durante uma operação realizada pelo #39BPM no Parque Floresta, em Belford Roxo, nesta quinta-feira. Ao todo, 8 fuzis, 5 pistolas, 1 kit Roni, 5 artefatos explosivos e farto material entorpecente foram apreendidos. pic.twitter.com/8Ily7fBkol
— @pmerj (@PMERJ) February 3, 2022
A IDMJR (Iniciativa Direito à Memória e Justiça Racial), instituição de defesa dos direitos humanos que atua na Baixada, recebeu relatos e vídeos de moradores denunciando violência policial, incluindo mortes de pessoas já dominadas e encurraladas.
A instituição procurou o Ministério Público do Rio de Janeiro, responsável pelo controle externo das polícias, que respondeu ter sido notificado pela corporação a respeito da operação, segundo reportagem da Folha de S.Paulo.
Procurada pelo Metrópoles, a Polícia Militar afirmou que a ação seguiu rigorosamente as determinações legais e que, como em toda operação que resulta em lesão corporal ou morte, são abertos dois procedimentos apuratórios: um na Delegacia de Homicídios da área (no caso Baixada Fluminense) e um Inquérito Policial Militar (IPM), no âmbito da Corporação, ambos sob a supervisão do Ministério Público.
Em nota, o MPRJ confirmou que recebeu a comunicação da Polícia Militar às 5h53 desta quinta-feira (3/2). “A justificativa apresentada diz respeito à necessidade de estabilização do território em razão de confronto entre facções rivais”, afirma o texto.