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Rio inicia estudo inédito de vacinação em massa no Complexo da Maré

Iniciativa da Fiocruz em parceria com Secretaria de Saúde e Redes da Maré tem como meta imunizar todos acima de 18 anos com a AstraZeneca

atualizado

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Aline Massuca/Metrópoles
Vacinação em massa no Complexo da Maré
1 de 1 Vacinação em massa no Complexo da Maré - Foto: Aline Massuca/Metrópoles

Rio de Janeiro – Começou nesta quinta-feira (29/7) a vacinação em massa contra a Covid-19 de moradores acima de 18 anos no Complexo da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro. A comunidade sedia um estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS-Rio) e a instituição Redes da Maré.

Chamado de “Vacina Maré”, o levantamento analisará a eficácia do composto em uma população amplamente imunizada, além do impacto da proteção contra variantes do novo coronavírus.

A SMS informou que a intenção é que todos os cerca de 140 mil moradores sejam imunizados com pelo menos a primeira dose da AstraZeneca até o próximo domingo (1/8).

Estiveram presentes na coletiva de imprensa desta quinta-feira o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz; o assessor de Relações Interinstitucionais da Fiocruz, Valcler Rangel; o pesquisador da Fundação e coordenador do estudo, Fernando Bozza; e a diretora da Redes da Maré, Eliana Silva.

Até as 14h desta quinta, 5.263 moradores da comunidade já haviam sido vacinados, segundo a Redes da Maré.

A Fiocruz explicou que o estudo terá duas etapas simultâneas. Na primeira, serão identificados os casos sintomáticos da Covid-19 e os pacientes farão o teste PCR. O resultado será classificado quanto à gravidade e cruzado com o monitoramento da situação vacinal para que a proteção oferecida pela imunização seja calculada.

Na segunda linha de atuação, duas mil famílias, compostas por oito mil pessoas, serão acompanhadas por seis meses para mapear a transmissão do vírus em ambiente familiar. Nesta etapa, será possível avaliar se a vacinação de adultos também protege as crianças, que não fazem parte do público-alvo.

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“O estudo propõe um olhar que vai além do levantamento da efetividade direta das vacinas na proteção contra o vírus e suas variantes. Aspectos da doença em si, como a dinâmica de transmissão do vírus no território, a vigilância de suas variantes e o acompanhamento de possíveis efeitos adversos das vacinas serão outros pontos abordados pela pesquisa”, ressaltou a SMS, em nota.

A vacinação em massa é um desdobramento de ações implementadas no Complexo da Maré desde junho do ano passado. Segundo a Fiocruz, já foram realizados mais de 27 mil testes diagnósticos, entre sorologia e PCR; 10,5 mil consultas de telessaúde; e acompanhamento e apoio para o isolamento domiciliar de mais de mil famílias com pessoas que testaram positivo para a Covid-19.

Em junho, a Fiocruz realizou a vacinação de todos os moradores da Ilha de Paquetá, na Baía de Guanabara, para também avaliar o impacto da imunização em massa contra a Covid-19. O bairro tem 4.180 habitantes, todos com a primeira dose da vacina.

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