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Relembre o escândalo dos pastores que levou à prisão de Milton Ribeiro

Operação investiga o esquema de favorecimento em liberação de verbas do MEC para prefeituras ligadas a líderes religiosos

atualizado

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Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
Ministro da Educação, Milton Ribeiro
1 de 1 Ministro da Educação, Milton Ribeiro - Foto: Gustavo Moreno/Especial Metrópoles

A Polícia Federal prendeu o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, na manhã desta quarta-feira (22/6), em uma operação que investiga esquema de corrupção envolvendo pastores evangélicos durante a gestão dele à frente do Ministério da Educação (MEC).

No mandado de prisão, ao qual o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, teve acesso, o juiz federal Renato Borelli aponta ao menos quatro crimes que teriam sido cometidos por Ribeiro: corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência.

A operação investiga o esquema de favorecimento em liberação de verbas do MEC para prefeituras ligadas aos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, ambos integrantes da Assembleia de Deus e sem nenhum cargo na pasta. Os dois também são alvo de investigação da PF.

A atuação incluiria pedidos de propina de um líder religioso a um prefeito para facilitar acesso a recursos da pasta. Para agilizar o direcionamento de fundo orçamentário proveniente do ministério, o pastor Arilton Moura teria solicitado R$ 15 mil e 1 kg  de ouro ao prefeito do município de Luís Domingues (MA), Gilberto Braga (PSDB).

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O caso foi revelado em março deste ano, em áudios vazados pela Folha de S.Paulo. Na conversa, o então ministro afirma que os direcionamentos teriam sido feitos a pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar”, afirma Ribeiro em conversa gravada. “A minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, em segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar”, continua, em reunião com prefeitos.

No encontro, o ministro fala sobre verbas da pasta, cortes no orçamento e liberação de recursos para obras por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). De acordo com o jornal, reuniões eram facilitadas por meio de pastores próximos a Milton em restaurantes ou hotéis de Brasília.

Dias após o caso vir à tona, Milton foi exonerado do cargo diante da pressão de aliados do governo. À época, Bolsonaro chegou a defender Milton Ribeiro ao afirmar que colocaria sua “cara no fogo” pelo então ministro. O presidente também disse que as acusações contra ele eram uma “covardia”.

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