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Diário Oficial traz exoneração de Milton Ribeiro do MEC

Ex-ministro da Educação pediu demissão após ser acusado de favorecer pastores na distribuição de verbas do ministério

atualizado

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Vinicius Schmidt/Metrópoles
Ministro da Educação, Milton Ribeiro, em discurso no Palácio do Planalto. Ele usa camisa branca e e está de óculos - Metrópoles
1 de 1 Ministro da Educação, Milton Ribeiro, em discurso no Palácio do Planalto. Ele usa camisa branca e e está de óculos - Metrópoles - Foto: Vinicius Schmidt/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) exonerou o ministro da Educação, Milton Ribeiro. O ato foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (28/3).

De acordo com a publicação, a exoneração foi “a pedido” de Ribeiro. Ainda não foi definido quem assumirá o comando da pasta. O mais cotado é o atual secretário-executivo da pasta, Victor Godoy Veiga. Ele é servidor público efetivo oriundo dos quadros da Controladoria-Geral da União (CGU).

A demissão do pastor ocorre após vir à tona um suposto favorecimento de pastores na distribuição de verbas do ministério. (leia mais abaixo). Milton Ribeiro estava no comando do MEC desde julho de 2020.

Na semana passada, Bolsonaro chegou a defender Milton Ribeiro ao afirmar que colocaria sua “cara no fogo” pelo então ministro. O presidente também disse que as acusações contra ele eram uma “covardia”.

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Entenda o caso

Milton Ribeiro deixa o cargo após vir à tona um suposto favorecimento de pastores na distribuição de verbas do ministério. Há duas semanas, o jornal O Estado de S. Paulo revelou a existência de um “gabinete paralelo” no MEC tocado por dois pastores evangélicos sem cargo oficial na pasta.

O suposto gabinete paralelo do MEC seria formado por pastores sem cargo no governo. São eles: Gilmar Santos e Arilton Moura. Ambos são integrantes da Assembleia de Deus; Gilmar também preside a Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil Cristo Para Todos (Conimadb).

Segundo a reportagem, os pastores teriam cobrado vantagens ilícitas de prefeitos para facilitar a liberação de verbas no âmbito do FNDE, fundo ligado ao MEC.

A atuação incluiria pedidos de propina de um líder religioso a um prefeito para facilitar acesso a recursos da pasta. Para agilizar o direcionamento de fundo orçamentário proveniente do ministério, o pastor Arilton Moura teria solicitado R$ 15 mil e 1 quilo de ouro ao prefeito do município de Luís Domingues (MA), Gilberto Braga (PSDB).

Em um áudio atribuído ao ministro revelado pela Folha de S. Paulo, Ribeiro afirmou que a intermediação por meio dos pastores atendia a um pedido de Bolsonaro. O fato foi negado pelo ministro posteriormente, em nota.

Após a revelação, a ministra do STF Cármen Lúcia autorizou abertura de inquérito para investigar o ministro da Educação no caso. A decisão atendeu pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Além disso, a Polícia Federal abriu outro inquérito, mas sem incluir Ribeiro no rol de investigados. Segundo a corporação, a investigação atinge apenas pessoas sem foro privilegiado.

 

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