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Queiroga sobre críticas por parar vacinação de jovens: “Cortina de fumaça”

Na quinta-feira (16/9), Ministério da Saúde orientou que estados e municípios interrompessem a imunização de adolescentes de 12 a 17 anos

atualizado

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Ministro Marcelo Queiroga fala da suspensao da vacina contra Covid da empresa Pfizer para adolescentes, em coletiva de imprensa no Ministério da Saúde
1 de 1 Ministro Marcelo Queiroga fala da suspensao da vacina contra Covid da empresa Pfizer para adolescentes, em coletiva de imprensa no Ministério da Saúde - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, nesta sexta-feira (17/9), que as críticas à decisão do governo de suspender a vacinação de adolescentes contra a Covid-19 são uma “cortina de fumaça desnecessária”.

A declaração foi dada após o lançamento do Plano Nacional de Expansão da Testagem Para o novo Coronavírus, em Natal (RN).

“Eu não sei por que tanta polêmica. O Reino Unido, que tem um dos maiores sistemas de saúde do mundo, fez isso. Aí ficam com essa cortina de fumaça desnecessária”, assinalou o cardiologista.

A polêmica começou na manhã de quinta-feira (16/9), quando o Ministério da Saúde publicou nota técnica orientando que estados e municípios interrompessem a vacinação de jovens de 12 a 17 anos sem comorbidades.

Como justificativa, o órgão mencionou que a maioria dos adolescentes sem comorbidades acometidos pela Covid-19 demonstra evolução “benigna” e permanece assintomática.

Além disso, segundo a secretária Extraordinária de Atenção à Covid-19, Rosana Leite de Melo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) não recomenda a imunização de crianças e adolescentes, com ou sem comorbidades.

Na tarde de quinta, em coletiva de imprensa na sede da pasta, Queiroga afirmou, ainda, que diversos estados e municípios não estão seguindo as orientações do Programa Nacional de Imunizações (PNI) para a vacinação de jovens.

O ministro também usou a morte de um morador de São Bernardo do Campo, de 16 anos, vacinado com a Pfizer, como justificativa para a suspensão. Não há, no entanto, evidências de que o caso tenha relação com a vacina.

“Diante do evento adverso, da necessidade de ter segurança e de oferecer às mães brasileiras segurança para seus filhos, o Ministério da Saúde decidiu suspender o subgrupo sem comorbidades, enquanto se avalia de uma maneira mais detalhada”, pontuou, nesta sexta-feira.

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Críticas

Após a publicação da nota técnica, órgãos e autoridades de saúde se manifestaram contra a decisão do governo federal. Em nota, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apontou que “não existem evidências que subsidiem ou demandem alterações nas condições aprovadas para a vacina”.

Os conselhos nacionais de secretários estaduais e municipais de saúde (Conass e Conasems) também se manifestaram contrários à decisão do Ministério da Saúde.

“Ao implementar unilateralmente decisões sem respaldo técnico e científico, coloca-se em risco a principal ação de controle da pandemia. Apesar de a vacinação ter levado a uma significativa redução de casos e óbitos, o Brasil ainda apresenta situação epidemiológica distante do que pode ser considerado como confortável, em razão do surgimento de novas variantes”, registra a nota.

Nesta sexta-feira, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) publicou nota solicitando a retomada da vacinação de adolescentes sem comorbidades.

“Esperamos que o Ministério da Saúde reconsidere seu posicionamento, especialmente considerando a inexistência de evidências científicas contrárias ao uso da vacina Pfizer/BioNTech em adolescentes e a fundamental importância de vacinarmos o maior número possível de brasileiros com a maior rapidez”, destaca trecho do documento.

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