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Queiroga cita Oswaldo Cruz e diz que Brasil vive “guerra por vacina”

Em Cristalina, ministro lembrou um dos mais importantes sanitaristas brasileiros ao comentar a dificuldade em comprar vacinas contra a Covid

atualizado

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Acervo/ Fundação Oswaldo Cruz
Oswaldo Cruz
1 de 1 Oswaldo Cruz - Foto: Acervo/ Fundação Oswaldo Cruz

Cristalina (GO) – Reconhecido internacionalmente como um dos maiores sanitaristas brasileiros, o médico Oswaldo Cruz (foto em destaque) foi citado pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ao falar da dificuldade de se comprar vacinas contras a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

A declaração foi dada nesta quinta-feira (17/6) durante visita a uma unidade básica de saúde em Cristalina, município goiano que fica a 135 km de Brasília. No local funciona o projeto-piloto de telessaúde que o governo pretende ampliar até o fim do ano.

“Oswaldo Cruz, lá no passado, enfrentou uma revolta das vacinas e hoje nós enfrentamos uma guerra de vacinas”, afirmou, ao comentar sobre a campanha de imunização e a dificuldade de adquirir doses.

O médico dá nome à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), instituto que produz o imunizante da AstraZeneca no Brasil. Queiroga prometeu vacinar toda a população maior de 18 anos com pelo menos uma dose até setembro.

A revolta lembrada pelo ministro da Saúde ocorreu em 1904. À época, Oswaldo Cruz propôs ao governo a obrigatoriedade da vacinação contra a varíola. A população se indignou por não conhecer os benefícios da imunização.

Queiroga afirmou nesta quinta-feira que a  médica Rosana Leite de Melo, nomeada secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19, deverá “harmonizar” o combate à doença.

Além disso, o ministro da Saúde comemorou a antecipação para julho de sete milhões de doses da vacina produzida pela Pfizer.

Até o momento, o Brasil administrou 81,5 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 entre a primeira e a segunda aplicação. O Ministério da Saúde já distribuiu 110,4 milhões de doses a estados e municípios.

Desde o início da pandemia, o país registrou 17,6 milhões de casos de infecção pelo novo coronavírus, e mais de 494 mil pessoas morreram por complicações da doença.

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