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Queiroga afirma que CPI da Covid “em nada ajudou o Brasil”

Em entrevista exclusiva ao Metrópoles, ministro disse que comissão atrapalhava os servidores da pasta

atualizado

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Gustavo Moreno/Metrópoles
Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em entrevista ao Metrópoles
1 de 1 Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em entrevista ao Metrópoles - Foto: Gustavo Moreno/Metrópoles

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta sexta-feira (22/4) que a CPI da Covid-19, realizada no Senado Federal, “em nada ajudou o Brasil”. A declaração foi dada durante entrevista exclusiva à coluna Igor Gadelha, do Metrópoles.

Ao ser perguntado sobre um momento difícil no enfrentamento da pandemia à frente da pasta, o ministro citou a comissão, que “ficou vasculhando tudo do governo e não achou absolutamente nada”. O cardiologista completou:

“Às vezes, aquilo até atrapalhava as pessoas dentro do ministério, porque os servidores, em vez de estarem preocupados com políticas públicas, ficavam perdendo tempo para passar informações para essa comissão, que em nada ajudou o Brasil”.

Veja a entrevista completa:

Mais cedo, ele assinou a portaria que revoga a Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) causada pela Covid-19. O fim da emergência já havia sido anunciado pelo ministro em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão no último domingo (17/4).

“O Ministério da Saúde orientará os estados, o Distrito Federal e os municípios sobre a continuidade das ações que compõem o Plano de Contingência Nacional para Infecção Humana pelo novo coronavírus, com base na constante avaliação técnica dos possíveis riscos à saúde pública brasileira e das necessárias ações para seu enfrentamento”, consta no ato publicado.

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A portaria tem vigência de 30 dias. O período vale como um momento de transição para que estados e municípios adaptem as centenas de leis que foram publicadas com base na Espin ao longo dos últimos dois anos de pandemia.

Queiroga também criticou a cobrança do comprovante de vacinação contra Covid, que chamou de “passaporte da discórdia”. Ele afirmou que a comprovação “não deveria ter existido”.

Questionado sobre a manutenção do passaporte sanitário nas cidades que adotaram a medida, o ministro disse que esta não trouxe benefícios para a campanha de imunização contra a doença.

“Não defendemos forçar as pessoas a se vacinar. O Brasil não precisa que nós forcemos os brasileiros a se vacinar, eles vão se vacinar, eles sabem. Nós induzimos a vacinação, não é forçando as pessoas através de passaporte da discórdia. Nós induzimos a vacinação, orientamos”, disse.

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