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Projeto de lei autoriza investimento da Prefeitura do Rio no BRT

Proposta será debatida por líderes e permitirá que sejam feitos aportes de recursos próprios para melhorias do sistema, hoje em colapso

atualizado

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Reprodução/ Guarda Municipal
BRT-Rio-de-Janeiro
1 de 1 BRT-Rio-de-Janeiro - Foto: Reprodução/ Guarda Municipal

Rio de Janeiro – Sob intervenção desde o dia 22 de março, o sistema BRT na capital carioca poderá receber investimento de recursos próprios da prefeitura para a melhoria do sistema e começar a transformar a operação dos corredores expressos, ainda após as constantes cenas de desrespeito às medidas sanitárias, com ônibus lotados e passageiros aglomerados e sem máscara.

A autorização poderá sair com a aprovação de um projeto de lei encaminhado pelo prefeito Eduardo Paes (DEM) à Câmara de Vereadores do Rio nesta segunda-feira (5/4), após reunião, no centro de operações do sistema, da qual participaram 20 vereadores, o prefeito e a interventora do BRT, Cláudia Sessim.

O projeto será discutido pelos líderes partidários na manhã desta terça-feira (6/4) e poderá entrar em pauta na sessão da 16h, em regime de urgência, se houver consenso entre as bancadas.

A proposta autoriza que a prefeitura aporte recursos na melhoria do sistema enquanto durar a intervenção, que tem prazo de 180 dias, até o início de setembro, quando deverá ser feita uma nova licitação para definir o novo operador do BRT.

Um dos artigos do projeto determina que a atual concessionária, a BRT Rio S/A, deverá compensar a prefeitura pelos investimentos que serão feitos no período.

Estimativa

Na reunião, o presidente da Câmara, vereador Carlo Caiado (DEM), solicitou uma estimativa dos custos que serão assumidos pelo município.

“Vamos discutir esta proposta amanhã, no Colégio de Líderes. Nós vamos dialogar muito sobre esse sistema, para que a população possa ter dignidade”, afirmou Caiado.

No encontro também foi apresentado o diagnóstico do sistema feito pela prefeitura nas últimas semanas. Segundo o relatório, 297 ônibus articulados existentes hoje, apenas 120 estão em operação, ou seja, 40% do total.

Da frota restante, 56 estão totalmente inoperantes e 121 retidos por problemas técnicos. A prefeitura pretende chegar a 241 veículos em funcionamento até o mês de setembro, com o aumento gradual da frota a cada mês.

Das 46 estações fechadas, 15 devem ser recuperadas numa primeira etapa e as restantes numa segunda etapa da intervenção. Na parte financeira, o sistema vinha registrando queda no faturamento, que foi agravada com a pandemia da Covid-19.

O BRT teve uma queda de 43% nas receitas em janeiro de 2021 quando comparado com o mesmo mês de 2020. Foram R$ R$12 milhões neste ano, contra R$21,9 milhões do mesmo período do ano anterior.

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