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Vídeo: em bate-boca com deputado, Haddad chama Bolsonaro de “limitado”

Ministro Fernando Haddad discutiu com o deputado bolsonarista Evair de Melo (PP-ES) em audiência na Câmara dos Deputados

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
O ministro da Economia Fernando Haddad conversa gesticulando em encontro com a Febraban - Metrópoles
1 de 1 O ministro da Economia Fernando Haddad conversa gesticulando em encontro com a Febraban - Metrópoles - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Em momento tumultado da audiência de que participou, nesta quarta-feira (17/5), na Câmara dos Deputados, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “talvez seja a pessoa mais limitada” que ele já viu na vida.

Haddad respondia a um comentário do deputado Evair de Melo (PP-ES), aliado de Bolsonaro, quando afirmou:

“Deputado Evair, com todo respeito, eu acho que o seu conceito de limitação é bem diferente do meu, completamente. O senhor acha o Bolsonaro uma pessoa pouco limitada. Eu acho que talvez ele [Bolsonaro] seja a pessoa mais limitada que eu já vi em toda a minha vida”.

Em seguida, foi gerado um bate-boca e outros deputados bolsonaristas passaram a esbravejar fora dos microfones.

Assista ao momento:

 

Após o utnulto, o ministro acusou o governo anterior de registrar o pior crescimento da história brasileira e também criticou o desempenho da educação nos últimos quatro anos.

“Farra eleitoral”

Em outra crítica, o titular da Fazenda afirmou que Bolsonaro adotou medidas eleitoreiras em 2022 que classificou como “farra” e que teriam levado ao aumento da taxa de juros. Ele citou, por exemplo, as desonerações de alguns setores e a expansão de benefícios sociais às vésperas do pleito.

Haddad: Bolsonaro fez “farra na eleição” que levou à subida dos juros

Em agosto do ano passado, os juros chegaram a 13,75%, porque houve uma farra durante as eleições. Tudo somado, nós chegamos, em termos anualizados, a R$ 300 bilhões. Gasto anualizado durante as eleições, entre desonerações, gastos adicionais, auxílios, tudo aquilo que foi feito de maio a junho do ano passado até a eleição. Teve também a PEC dos precatórios, calote dos precatórios”, disse Haddad.

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“Então, a autoridade monetária subiu a taxa de juro por completo descontrole das contas públicas, absoluto descontrole das contas públicas. Há de se pensar que deveria chegar em 13,75%, mas vamos combinar que a inflação estava em dois dígitos durante o governo Bolsonaro.”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e demais integrantes do governo têm criticado de forma recorrente a atual taxa básica de juros, a Selic, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). Na última reunião, no início de maio, o Copom decidir manter a Selic em 13,75% ao ano.

Nesta quarta, Haddad salientou que tem relação respeitosa com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e defendeu o debate sobre o atual patamar dos juros. Na visão do ministro, a conjuntura atual é diferente e, por isso, defendeu uma revisão dos juros.

“Nunca desrespeitei o presidente do Banco Central em nenhuma fala minha. E vice-versa. Nunca o Roberto Campos me desrespeitou em nenhuma fala. E é assim que se constrói. Nós estamos debatendo o Brasil, não causas pessoais”, pontuou.

Audiência na Câmara

Haddad participou, por quatro horas e meia, de audiência conjunta das comissões de Desenvolvimento Econômico; de Finanças e Tributação; e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara. Ele foi convidado para comparecer para tratar da política econômica do governo Lula.

Veja como foi a audiência:

A ida do ministro foi sugerida pelos deputados Evair Vieira de Melo (PP-ES), Paulo Guedes (PT-MG), Rodrigo Valadares (União-SE), Kim Kataguiri (União-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG).

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