Temer diz que não tem intenção de continuar na atividade política
Presidente reforçou que espera aprovar as reformas da Previdência e Trabalhista até o fim do mandato
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente Michel Temer (PMDB-SP) afirmou que não pretende continuar na vida política após terminar o mandato, em 2018. E também reforçou que não vai concorrer à reeleição. “Aposentar-me nunca, jamais. Mas eu não tenho intenção de continuar a atividade política. Já cumpri meu papel”, afirmou em entrevista à RedeTV! gravada na terça-feira (2/5) e exibida na noite desta quinta (4).
Temer reforçou que espera aprovar as reformas até o fim do mandato. “Só espero que as reformas deem certo e que não haja necessidade de pedirem para eu continuar”, disse.
O presidente afirmou ainda que acredita não ter errado durante seu mandato, que assumiu após o impeachment de Dilma Rousseff (PT), em agosto de 2016. “É possível que eu tenha errado aqui e acolá, mas não sinto que tenha errado”, disse. Temer falou que, se cometeu erros, foram acidentais e não propositais.Chapa Dilma/Temer
Com o risco de sair do cargo caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decida pela cassação da chapa formada por Temer e Dilma, eleita em 2014, o presidente defendeu a tese de separação das contas de campanha. Ele disse que espera ter uma decisão favorável na Corte que o mantenha no cargo.
“O que eu recolhi foi o mínimo, foi uma coisa insignificante tendo em vista o montante da campanha”, disse. Temer acrescentou que defende um julgamento rápido do processo. “É preciso acabar com isso. Quando antes julgar, melhor.”
“Distritão”
O presidente da República defendeu o chamado “Distritão” para as eleições de 2018, em que os estados são divididos em distritos e os eleitores escolhem seus representantes através do voto distrital majoritário. Para 2022, Temer defendeu que seja implantado o voto distrital misto, em que metade dos parlamentares são eleitos por uma lista ordenada pelo partido e outra metade pelo voto majoritário nos distritos.
Caixa 2
O presidente alegou que nunca teve contato com caixa 2 ou propina. Também destacou que as duas coisas são tipificados separadamente, mas que ele não sabe como a Justiça vai fazer essa distinção nos julgamentos. O peemedebista enfatizou que não há classificação de caixa 2 como crime na legislação atual.