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Sintomático, Mourão usa cloroquina, Annita e Azitromicina contra Covid-19

Vice-presidente sentiu dores no corpo e na cabeça, além de febre. O general cumpre isolamento na residência oficial, no Palácio do Jaburu

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
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1 de 1 cerimonia dia do servidor agenda bolsonaro palacio planalto2 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Diagnosticado com a Covid-19 no domingo (27/12), o vice-presidente do país, Hamilton Mourão (PRTB), está fazendo uso de hidroxicloroquina, do vermífugo Annita e do antibiótico Azitromicina, além de remédios para dor e febre. Segundo a assessoria de imprensa do general, os fármacos utilizados seguem recomendações médicas.

Não há, no entanto, comprovação científica da eficácia dos medicamentos no combate à doença causada pelo novo coronavírus.

Antes de ter sido diagnosticado, o vice-presidente apresentou sintomas como dor no corpo, dor de cabeça e febre, que não passou dos 38 graus. Aos 67 anos, ele é considerado parte do grupo de risco.

“O estado geral de saúde do vice-presidente da República é bom, encontrando-se em isolamento na residência oficial do Jaburu”, diz a nota emitida pela assessoria. No domingo, a equipe do general confirmou o diagnóstico positivo, mas não divulgou detalhes sobre o quadro de saúde de Mourão.

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Procura por hidroxicloroquina

Como mostrado pelo Metropóles, com a segunda onda da Covid-19 no Brasil, voltou a crescer a procura por cloroquina e hidroxicloroquina em farmácias privadas. A alta acontece apesar de diversos estudos já terem demonstrado que a substância é ineficaz no combate ao novo coronavírus.

Em novembro, último mês com informações, houve aumento de 23,7% na venda dos medicamentos na comparação com outubro.

Em outubro deste ano, a Organização Mundial da Sáude (OMS) concluiu que a cloroquina e outros remédios eram ineficazes no combate ao novo coronavírus. O estudo demonstrou que Remdesivir, hidroxicloroquina, Lopinavir e Interferon têm “pouco ou nenhum efeito em pacientes hospitalizados com Covid-19”.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é um defensor de primeira hora da cloroquina, e continuou divulgando o remédio mesmo depois de a OMS indicar a ineficácia. Ao ser diagnosticado com a Covid-19 em julho, Bolsonaro propagou o uso do medicamento e gravou vídeos com caixas da droga.

Em uma live realizada no dia 10 de dezembro deste ano, o mandatário do país voltou a tocar no assunto e ainda recomendou que, caso o médico não receite o fármaco, o correto seria trocar de profissional da saúde.

A aposta do chefe do Executivo na cloroquina teve diversos efeitos. Além de promover um medicamento que não funciona no combate à Covid-19, há um estoque encalhado do composto em diversas cidades brasileiras.

Covid-19 no governo

Com Mourão, sobe para 16 o número de integrantes do alto escalão do governo federal infectados pela Covid-19. Além dele e do presidente Jair Bolsonaro, 14 ministros de Estado foram diagnosticado com o novo coronavírus.

São eles: André Mendonça (Justiça), Eduardo Pazuello (Saúde), Fábio Faria (Comunicações), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Marcelo Álvaro Antônio (ex-Turismo), Jorge Oliveira (Secretaria-Geral da Presidência), Braga Netto (Casa Civil), Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União), Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e Inovações), Onyx Lorenzoni (Cidadania), Milton Ribeiro (Educação), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Bento Albuquerque (Minas e Energia) e Tarcísio de Freitas (Infraestrutura).

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