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Senador afirma que Pazuello agiu como “ajudante de ordem” de Bolsonaro

Rogério Carvalho disse que Pazuello “não agiu como um general, que lidera e administra situações complexas”

atualizado

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Alessandro Dantas
Rogério Carvalho
1 de 1 Rogério Carvalho - Foto: Alessandro Dantas

O senador Rogério Carvalho (PT-SE) afirmou, nesta quinta-feira (20/5), que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello “agiu como um ajudante de ordem” do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A fala ocorreu em depoimento do general à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.

O parlamentar disse que Pazuello “não agiu como um general, que lidera e administra situações complexas”. “O senhor, me desculpe a minha sinceridade, agiu como um ajudante de ordem do presidente”, disparou.

“Esta CPI terá consequências, terá um relatório final que imputará as devidas responsabilidades. Depois disso, as denúncias serão feitas ao Ministério Público, e as ações judiciais correrão. O senhor estará sozinho e responderá por tudo o que disse aqui”, continuou.

O senador reafirmou que o governo federal, com a Saúde sob gestão de Pazuello, adotou a “imunidade de rebanho por contaminação natural”.

“O senhor será responsabilizado pelas ações deliberadas deste governo Bolsonaro, responderá por recomendar medicamentos sem eficácia comprovada, por trabalhar contra a vacinação, contra o distanciamento social, contra o uso de máscaras e demais medidas preventivas ao contágio do coronavírus”, concluiu.

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Pazuello é o oitavo depoente do colegiado. Antes deles, os senadores ouviram os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich e atual chefe da Saúde, Marcelo Queiroga.

O ex-chanceler Ernesto Araújo, o gerente-geral da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten e o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres também prestaram depoimento.

A CPI da Covid-19 tem o objetivo de investigar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas com a ausência de oxigênio, além de apurar possíveis irregularidades em repasses federais a estados e municípios.

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