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Sem citar nomes, Bolsonaro afirma que “minoria” está “sufocando e oprimindo”

O presidente não mencionou o Supremo Tribunal Federal, mas afirmou que existe uma “minoria” que habita a Praça dos Três Poderes

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Presidente Bolsonaro desce a rampa do Palácio do Planalto e cumprimenta indígenas ligados ao  agronegócio. Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
1 de 1 Presidente Bolsonaro desce a rampa do Palácio do Planalto e cumprimenta indígenas ligados ao agronegócio. Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Na manhã desta quinta-feira (19/8), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, sem citar nomes, que há uma “minoria” que habita a Praça dos Três Poderes e está “sufocando e oprimindo”. O chefe do Executivo encontra-se em Cuiabá, Mato Grosso, para entregar 42 equipamentos agrícolas às comunidades indígenas, no Seminário Regional Etnodesenvolvimento e Sustentabilidade Centro-Oeste.

“Há valor maior que a liberdade, em um momento em que quase toda a população está apavorada com a supressão de liberdade por parte de alguns poucos que habitam a Praça dos Três Poderes? A liberdade não tem preço, ela vale mais que a própria vida”, disse Bolsonaro, sem citar o Supremo Tribunal Federal (STF).

“Agora, da onde menos esperávamos, controle sobre a liberdade: de lá tá vindo a mão pesada, ou melhor, uma caneta. Vamos mudar o destino do Brasil. O Brasil vai ser o que cada um de vocês fizeram”, declarou o presidente.

O mandatário do país viajou a Cuiabá acompanhado dos ministros do Turismo, Gilson Machado; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Teresa Cristina; da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos; do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, Augusto Heleno, e Gabriele Olivi, representando a ministra da Secretaria de Governo da Presidência, Flávia Arruda.

Também estiveram presentes à cerimônia de entrega dos equipamentos agrícolas o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, e o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Augusto Xavier da Silva.

Em discurso durante o evento, o presidente da Funai questionou a imprensa brasileira e as falas contra o presidente. Segundo ele, a respeito da situação dos indígenas na Venezuela, o presidente não é “genocida”, mas ao contrário, acolhe os venezuelanas que vêm ao Brasil.

De acordo com a Secretaria de Governo, foram entregues às comunidades indígenas: 14 tratores, 14 grades aradoras e 14 carretas, somando um investimento de cerca de R$ 2,6 milhões. Os agricultores indígenas que irão operar as máquinas passarão por um curso, também oferecido pelo governo federal.

Indígenas no Palácio do Planalto

No dia 12 de agosto, o chefe do Executivo recebeu, sem máscara, um grupo de indígenas, em Brasília, no Palácio do Planalto. Eles pediam a aprovação do Projeto de Lei nº 191/2020, que libera atividades econômicas em terras pertencentes a etnias.

Em seguida, ele desceu para cumprimentar aproximadamente 200 pessoas que o esperavam na Praça dos Três Poderes. O presidente também recebeu adereços e presentes.

O projeto em questão é o PL nº 191/2020, que prevê o estabelecimento de condições para a realização da lavra de recursos minerais e hidrocarbonetos, aproveitamento de recursos hídricos em terras indígenas e institui a indenização pela restrição do usufruto de terras indígenas. Atualmente, a proposta está parada na Câmara dos Deputados, aguardando criação de comissão temporária.

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