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Ricardo Barros diz que Bolsonaro se aliou ao Centrão por “bom senso”

Líder do governo na Câmara avalia que presidente precisou se aproximou de quem o criticou no passado para “cumprir o plano de governo”

atualizado

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Wilson Dias/Agência Brasil
Ministro Ricardo Barros concede sua primeira coletiva
1 de 1 Ministro Ricardo Barros concede sua primeira coletiva - Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, diz que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se aliou ao Centrão por “bom senso” para tentar ter a maioria na Casa e governar o país. “Fora o centro, ele teria a esquerda. Não é o caso de ter que ceder (à aliança). É apenas bom senso.”

Barros avalia que o presidente teve que se aliar a parlamentares que o criticaram no passado justamente “para  cumprir o plano de governo”.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, o deputado disse que “errou” ao não consultar o governo sobre uma nova Constituinte e que vai preparar o texto com proposta de plebiscito sobre o tema.

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Questionado se a aliança entre Bolsonaro e o Centrão não vai contra o discurso inicial do presidente, o deputado afirmou que ao se aliar, o presidente passa a ser centro-direita.

“Ele poderá neste presidencialismo de coalizão entregar seu programa de governo, pois terá maioria para isso. Ao fazer a coalizão e receber apoio desses partidos de centro, permite que pessoas destes partidos possam colocar em prática o programa partidário nas áreas em que o governo lhes convida para atuar”, disse.

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O líder do governo na Câmara destacou que Bolsonaro se aliou ao Centrão porque não teria outra forma de obter a maioria. “Fora o centro, ele teria a esquerda. Não é o caso de ter que ceder. É apenas bom senso.”

Ao se aliar ao Centrão, os eleitores poderiam avaliar que o presidente da República descumpriu um princípio de sua campanha. Porém, para Barros, ele fez isso justamente para conseguir a maioria e cumprir o plano de governo.

Barros já deu declarações alegando que o Brasil precisa de uma Constituição. Por isso, foi perguntado se já conversou com o presidente ou alguém do governo para tratar do tema. O parlamentar respondeu dizendo que é uma proposta pessoal e assumiu ter errado ao não consultar o governo.

“A proposta do plebiscito para a Constituição é minha, pessoal, não tem nada a ver com o governo. O vice-presidente Hamilton Mourão disse que Constituinte não está na pauta do governo. Errei em não consultar o governo antes neste assunto. Embora tenha dito que é posição pessoal, a função exige cautela”, explicou.

Na entrevista, Barros destacou que com a maioria, a aprovação de pautas é quase certa. “O governo tem condições de aprovar tudo o que quiser. Precisa ter sessão, quórum e maioria”, frisou o parlamentar.

O líder do governo na Câmara também ressaltou que o governo gostaria de aprovar a criação do programa Renda Cidadã até o final do ano, mas que a fonte do financiamento continua sendo o “X da questão”.

 

 

 

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