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Relembre cinco crises de Ricardo Vélez no Ministério da Educação

A situação do ex-ministro se agravou nas duas últimas semanas após uma sucessão de eventos, que envolveram demissões, erros e recuos

atualizado

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1 de 1 velez-abre - Foto: Arte/Metrópoles

Em três meses de gestão, o ex-ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez se envolveu em uma série de conflitos. A situação dele se agravou nas duas últimas semanas após uma sucessão de eventos, que envolveram demissões, erros e recuos.

O compasso na pasta desandou por uma disputa de poder entre quatro alas distintas: militares, evangélicos, técnicos e aqueles que apoiam o escritor Olavo de Carvalho, influenciador da gestão do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Os recuos, como a revogação da portaria que decidia não avaliar a alfabetização de crianças, acentuaram a crise. A ex-secretária de Educação Básica Tânia Leme de Almeida, por exemplo, deixou a pasta por não ter sido consultada sobre a decisão do ministro.

Conforme as crises aumentavam, os encontros com o presidente Bolsonaro, também. Vélez foi um dos ministros que mais tiveram encontros com o chefe do Palácio do Planalto nesse meio tempo. Nesta segunda-feira (8/4), ele esteve com o presidente antes de ser desligado do governo. Relembre algumas das crises encabeçadas pelo ex-ministro colombiano.

Edital errado
O MEC publicou edital do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) dizendo que livros escolares poderiam ser comprados e adotados pelas instituições de ensino mesmo que apresentassem erros de digitação e propagandas. De acordo com o documento, também não precisariam retratar a diversidade étnica e o compromisso com ações de combate à violência contra a mulher. No dia seguinte, após repercussão negativa, o edital foi anulado.

Demissão no Inep
A presidente do Inep, Maria Inês Fini, foi demitida após as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2018 apresentarem uma questão de linguagens que tratava do dialeto pajubá, conjunto de expressões associadas aos gays e aos travestis. Ela foi demitida no início do ano. Fini estava no cargo desde 2016.

Número 2
Outra personagem que ganhou destaque foi Iolene Lima, dispensada oficialmente do MEC na quinta-feira (28/3). Ela era considerada uma substituta eventual do secretário da Educação Básica. A educadora evangélica foi nomeada em 14 de março, como secretária-executiva do ministério – posto considerado o “número dois” do MEC. Ela chegou a cumprir agenda no cargo: esteve em Suzano (SP), onde um massacre no Colégio Estadual Raul Brasil deixou 10 mortos. O nome de Iolene, contudo, sequer chegou a ser publicado no Diário Oficial da União. Oito dias após a nomeação informal, Iolene foi demitida.

Filmar crianças
Vélez enviou um ofício às escolas de todo o país pedindo que os diretores filmassem os alunos cantando o Hino Nacional. As imagens deveriam ser enviadas ao MEC. Dias depois, ele desistiu de pedir o vídeo às escolas, por questões técnicas de armazenamento e de segurança.

Monitoramento do Enem
Após demissões, o Inep criou um grupo para analisar a “pertinência com a realidade social” das questões do Enem. Segundo a portaria, o grupo deverá fazer uma “leitura transversal” das questões para emitir um parecer. O resultado da avaliação não será divulgado.

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