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Randolfe pede que STF investigue imóveis comprados por Bolsonaro com dinheiro vivo

Desde a década de 1990 até hoje, 51 imóveis foram negociados em dinheiro vivo pelo presidente, por seus irmãos, filhos e demais familiares

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A CPI da COVID-19, também chamada de CPI PANDEMIA no senado federal
1 de 1 A CPI da COVID-19, também chamada de CPI PANDEMIA no senado federal - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O líder da oposição no Senado Federal, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), protocolou, nesta quarta-feira (31/8), uma petição junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), em que pede a abertura de investigação da compra de imóveis por parte do presidente Jair Bolsonaro (PL) e familiares em transações realizadas com dinheiro vivo.

Na ação, o senador pede que sejam tomados os depoimentos de Bolsonaro e seus familiares, além de “medidas acautelatórias indispensáveis ao esclarecimentos dos fatos, como o bloqueio de contas e a busca e apreensão dos telefones celulares e computadores utilizados, a sua perícia e a imediata publicidade sobre os conteúdos que digam respeito ao manifesto interesse público”.

O parlamentar cobra urgência na apuração das aquisições. “O salário de um parlamentar não justifica esse patrimônio milionário. Por isso, é direito de todos os brasileiros a transparência sobre o uso indevido do dinheiro público”, defende o líder da oposição.

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“Qual o problema?”

Desde a década de 1990 até hoje, 107 imóveis foram negociados pelo presidente e por cinco irmãos, três filhos, a mãe e duas ex-mulheres do mandatário. O uso de dinheiro vivo ocorreu em um total de 51 transações, segundo informações levantadas pelo site Uol e reiteradas por declarações dos familiares de Bolsonaro.

Após a publicação da reportagem, o presidente afirmou não ver problema em adquirir imóveis com dinheiro vivo. “Qual o problema comprar com dinheiro vivo algum imóvel?”, questionou, em relação à forma com que praticamente metade do patrimônio dele e da família foi adquirida nos últimos 30 anos.

Embora a compra de bens utilizando dinheiro vivo esteja em conformidade com a lei, a Justiça e a polícia consideram que essa modalidade pode apontar indícios de ilegalidade quando os valores são muito altos. No caso dos parentes de Bolsonaro, hoje candidato à reeleição, as aquisições “em moeda corrente nacional” totalizaram R$ 13,5 milhões. Atualmente, com a correção do IPCA, a quantia chega a R$ 25,6 milhões.

Na terça, o presidente reclamou de ter sido alvo da investigação realizada pelo portal Uol. “Falaram que fizeram um levantamento sobre imóveis da minha família desde 1990. Por que eu?”, perguntou o presidente.

Em pronunciamento aos jornalistas, Bolsonaro afirmou que seus filhos e outros familiares sofrem “pancadas” desde 2019, ano em que assumiu o governo. “Desde que eu assumi, quatro anos de pancadas em cima do Flávio, do Carlos, do Renan, de familiares em cima do Vale do Ribeira. O que eu tenho a ver com eles?”, questionou.

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