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Queiroga bate-boca com senador que o acusa de fazer “pseudovacinação”

Depoimento do ministro da Saúde precisou ser suspenso por alguns minutos após intensa discussão entre ele e Otto Alencar

atualizado

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Leopoldo Silva/Agência Senado
Otto
1 de 1 Otto - Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, discutiu, nesta terça-feira (8/6), com o senador Otto Alencar (PSD-BA) em depoimento à CPI da Covid. A sessão precisou ser suspensa para acalmar os ânimos. O parlamentar chegou a dizer que o Ministério da Saúde estaria promovendo uma “pseudovacinação” no Brasil.

Otto demonstrou indignação com o fato de Queiroga não ter lido todas as bulas das vacinas aplicadas em solo nacional. “Lamento o senhor não ter lido a bula de todas as vacinas. O senhor é autoridade sanitária do Brasil, é exatamente o senhor que determina como devem ser aplicadas as vacinas”, completou.

O clima esquentou quando eles discordaram sobre o intervalo de aplicação da primeira e da segunda dose da Pfizer e em relação ao uso do imunizante em gestantes. “Vacina em gestantes fora do bulário, nenhuma bula tem aplicação em gestantes”, disse Queiroga, sendo interrompido pelo senador. “Essa tem, ministro, vou lhe mostrar. Na Pfizer tem, não é assim não”.

O ministro, então, se irritou com o senador. “Vossa excelência não pode querer desqualificar a autoridade sanitária de um país por ter lido ou não a bula. Nós vacinamos 70 milhões de brasileiros”, disparou. Otto respondeu: “Não levante a voz para mim, não”.

Depois, o parlamentar e o titular da Saúde discutiram sobre quem teria assinado nota técnica recomendando suspensa da aplicação da AstraZeneca em gestantes. Queiroga disse que partiu do Plano Nacional de Imunização (PNI) e o senador discordou.

“O senhor não falou a verdade. Você está produzindo uma pseudovacinação no Brasil por falta de informação”, afirmou, sendo rebatido pelo cardiologista. “Sociedade brasileira reconhece os esforços e não aceito que seja desqualificado um patrimônio da sociedade brasileira”, respondeu Queiroga.

O ministro recorreu ao presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM). “Omar, o senhor tem que colocar ordem aqui”, disse. O líder do colegiado afirmou que o ministro “não tem que dizer o que tenho que fazer”.

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Queiroga presta, nesta manhã, o segundo depoimento ao colegiado. Ele retorna após a primeira oitiva ter sido avaliada pelos senadores como “pouco esclarecedora”. Na ocasião, o ministro tinha pouco tempo de cargo e focou o discurso em promessas e compromissos.

A CPI da Covid tem o objetivo de investigar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas com o desabastecimento de oxigênio hospitalar, além de apurar possíveis irregularidades em repasses federais a estados e municípios.

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