“Que a democracia floresça em Cuba”, diz Bolsonaro após protestos

País registra manifestações contra governo em razão da piora da pandemia e da falta de vacinas. Só 27% da população recebeu a primeira dose

atualizado 12/07/2021 16:32

bolsonaro no cercadinho Reprodução/Foco do Brasil/YouTube

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a comentar, nesta segunda-feira (12/7), a situação em Cuba, onde houve protestos contra o governo do país no fim de semana. Sob os gritos de “liberdade” e “abaixo a ditadura”, milhares manifestaram em Havana por causa da piora da pandemia de coronavírus no país e da falta de vacinas.

Segundo o site Our World In Data, só 27% da população do país recebeu ao menos uma dose da vacina contra Covid-19.

Em publicação feita nas redes sociais, Bolsonaro defendeu o fim da ditadura em Cuba. “Todo apoio e solidariedade ao povo cubano, que hoje corajosamente pede o fim de uma ditadura cruel que por décadas massacra a sua liberdade enquanto vende pro mundo a ilusão do paraíso socialista. Que a democracia floresça em Cuba e traga dias melhores ao seu povo!”, escreveu.

Mais cedo, durante conversa com apoiadores, no Palácio da Alvorada, Bolsonaro já havia comentado a situação no país. Na visão do chefe do Executivo, o povo foi à rua em Cuba para pedir alimento, eletricidade e liberdade. A fala foi transmitida por um canal simpático ao presidente.

“Sabe o que tiveram ontem? Borrachada, pancada e prisão. E tem gente aqui no Brasil que apoia quem apoia Cuba, quem apoia Venezuela. Gente que várias vezes foi pra Cuba tomar champagne com Fidel Castro, tomar whisky com Maduro. E tem gente aqui que apoia esse tipo de gente. É sinal de que estão querendo viver como os cubanos, como os venezuelanos”, afirmou.

De acordo com relatos publicados nas redes sociais, alguns manifestantes que protestavam contra o governo foram presos. Os moradores também afirmam que houve cortes de eletricidade na ilha.

O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, marchou pelas ruas de Havana acompanhado de militantes do partido, que entoaram gritos como “Viva Cuba” e “Viva Fidel”.

Em seguida, Bolsonaro, crítico também do regime venezuelano, declarou que não há mais cães e gatos no país vizinho porque “comeram tudo”.

“Quase todo mundo tem animal de estimação, né? Quase todo mundo. Cachorro, gato… Vocês sabiam que não tem mais cães e gatos na Venezuela? Comeram tudo. Então, é o comunismo. E é aquela coisa fácil: o cara prega sempre o que pra você? Igualdade, na pobreza, lá todos são iguais”, criticou.

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