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Previdência: suspeita de deputado armado leva confusão à CCJ

Líder do PSL, Delegado Waldir foi acusado de portar arma na comissão

atualizado

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Delegado Waldir
1 de 1 Delegado Waldir - Foto: Twitter/Reprodução

A reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara nesta terça-feira (9/4) precisou ser suspensa pelo presidente Felipe Francischini (PSL-PR), devido a um tumulto antes do início da leitura do relatório sobre a reforma da Previdência.

O deputado Delegado Waldir, líder do PSL na Câmara, foi acusado de estar armado na sala da comisssão pelo deputado Eduardo Bismarck (PDT-CE).

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Imediatamente, alguns deputados tentaram verificar se a informação era correta e vários de seus colegas de partido o cercaram, o levando para fora da sala.

De acordo com o deputado cearense, ele viu a arma e decidiu fazer um alerta, por ferir o artigo 271 do Regimento Interno, que proíbe a entrada de arma no Câmara.

“Eu vi a arma com ele e pedi que verificassem”, confirmou o deputado pedetista. O deputado Pompeu de Matos (PDT-RS) disse acreditar que no momento em que foi flagrado, Delegado Waldir teria passado a arma de mão em mão para retirá-la da sala.

Após a retomada da reunião, o líder do PSL voltou à sala, sentou-se em seu lugar e acenou fazendo corações com as mãos. Ele não confirmou que estava armado, apenas mostrou que estava com o coldre, onde guarda sua arma.

A reunião foi retomada e o deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG) deu início à leitura do relatório, que pediu pela admissibilidade da reforma da Previdência apresentada pelo governo Bolsonaro.

Joice e Rosário trocam farpas
Antes da confusão com o Delegado Waldir, a líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), e a deputada Maria do Rosário (PT-RS) já haviam se desentendido. Joice, que não integra a comissão, chegou à reunião e sentou-se à Mesa Diretora do colegiado. Irritada com a concessão feita pelo presidente Felipe Francischini, Maria do Rosário reclamou do privilégio.

“A bancada do PT considera que há um tratamento desigual na formação da Mesa. Como não há lugar para todos e todas à Mesa, é natural que as pessoas ocupem seus lugares nas bancadas e o presidente e sua assessoria possam utilizar a Mesa para o trabalho principal”, reclamou a petista.

O presidente da CCJ indeferiu a questão de ordem formulada pela petista. “Obviamente não nos posicionamos contra qualquer parlamentar que se dirijam à Mesa para o diálogo”, disse Francischini.

Rosário prosseguiu na reclamação: “Não se trata de medida jocosa ou secundária, mas a igualdade de princípio deve ocorrer. Esse é um aspecto que deve ser observado e que eu lamento que os colegas, alguns ligados ao governo, não tenham o mesmo apreço pelo Parlamento. Eu tenho extremo apreço pelo Parlamento”, continuou.

Tigresa
Da mesa, Joice, então, passou a filmar com o celular a petista, que, ao perceber, reclamou: “Não é postura de decoro daquela deputada que utiliza da tribuna de honra, ao lado do presidente, em gravações que, às vezes, desonram o Parlamento”, atacou.

Em apoio à deputada Joice Hasselmann saiu o deputado Pastor Eurico (PHS-PE), que alegou que o protagonismo da líder tem despertado muito “ciumes” na Câmara e chamou a deputada do PSL de “tigresa”.

Ao final da discussão, a petista Maria do Rosário disse que vai representar contra a líder do governo junto ao Conselho de Ética da Casa.

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