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Previdência: “Parlamento tem seu próprio tempo”, diz relator da PEC

“O país não pode ficar parado esperando o andamento dessa reforma”, disse Marcelo Freitas (PSL-MG)

atualizado

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Najara Araujo/Câmara dos Deputados
Deputado Delegado Marcelo Freitas
1 de 1 Deputado Delegado Marcelo Freitas - Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados

Após reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, na tarde desta terça-feira (2/4), o deputado Marcelo Freitas (PSL-MG) afirmou que a expectativa é de que a reforma da Previdência seja aprovada ainda no primeiro semestre deste ano. Relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Freitas avaliou que o Parlamento “tem seu próprio tempo”.

“O país não pode ficar parado esperando o andamento dessa reforma”, disse o deputado, que pretende apresentar seu relatório até a terça-feira da semana que vem, dia 9 de abril.

Segundo Freitas, “nunca houve ambiente hostil” à reforma na bancada de seu partido – o mesmo do presidente da República, Jair Bolsonaro. O relator do texto reforçou que os pontos de divergência, como as mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC), desconstitucionalização de alguns pontos no sistema previdenciário e aposentadoria rural, só serão tratados na comissão especial que será instalada na Casa após a CCJ apreciar a constitucionalidade do projeto, que é uma emenda à Carta Magna.

O relator também disse que espera encontrar com o presidente Jair Bolsonaro após o retorno do chefe do Executivo da viagem oficial a Israel. A previsão é de que o presidente chegue ao Brasil na noite desta quarta-feira (3) e já se reúna com parlamentares no dia seguinte para tratar da Previdência.

Conversas
Paulo Guedes deve chamar outras bancadas para conversar sobre o projeto. A primeira foi a do PSL, a segunda maior da Câmara, com 52 deputados. Os parlamentares do partido são recebidos pelo ministro desde as 14h: eles se revezam para ouvir as explicações da equipe econômica sobre o projeto.

Segundo o deputado Marcelo Freitas, Guedes pretende convidar também os partidos de oposição, “que virão se entenderem necessário”.

Na saída do ministério, o deputado foi abordado por uma mulher, que reclamou da proposta da reforma. Ela se identificou como Elaine dos Santos e Silva, de 46 anos, e reclamou com o relator, dizendo que, com as mudanças previstas na Previdência Social, os mais pobres não conseguirão se aposentar. Segundo ela, Freitas respondeu que todos vão conseguir o benefício.

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